A desistência de Renan Calheiros (MDB/AL) de continuar integrando a CPI da Braskem no Senado Federal compromete o resultado do trabalho da comissão.
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Afinal, foi o parlamentar alagoano quem requereu a instauração da CPI e insistiu para ser o relator, mas reconhecidamente o governo Lula, do qual faz parte (o senador Renan Filho é Ministro dos Transportes), não tem interesse em que seja apurado seriamente o maior desastre ambiental da história de Alagoas.
A tendência, portanto, é tudo acabar em pizza.
Em Maceió, onde ocorreu o afundamento do solo de cinco bairros por conta da exploração de sal-gema pela Braskem, a vereadora Teca Nelma (PSD) propôs a instauração de uma Comissão Especial de Investigação para apurar o caso, mas só conseguiu 7 das 9 assinaturas necessárias para a instalação da CEI – e está difícil conseguir as outras duas.
Ou seja, tudo indica que essa pizza sequer seja levada ao forno.
O objetivo de uma CPI ou de uma CEI é apurar a verdade dos fatos que levaram à sua criação, não significando, necessariamente, que seu resultado leve a punições.
Não permitir que o Caso Braskem seja apurado devidamente é não querer a verdade, deixando no ar, permanentemente, a presunção de responsabilidade sobre o ocorrido.
Traduzindo: quem tem medo de CPI ou de CEI tem medo da verdade.
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