"O Maior São João do Litoral do Brasil", como assim o denomina a Prefeitura de Maceió, está programado para o período de 21 a 27 de junho próximo, no Polo Jaraguá, e nos dias 28 e 29 no Polo do Benedito Bentes.
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É uma pena que mais uma vez, como infelizmente tem acontecido nesses eventos em todo o Nordeste, apenas uns poucos representantes da nossa autêntica tradição regional estejam contemplados na programação.
A descaracterização quase total do que ainda se chama "festa junina" é exemplificada pela predominância de nomes que absolutamente nada têm a ver com o forró e outros ritmos legítimos da região nordestina.
Com meus quase 70 anos de existência tenho de admitir, num misto de constrangimento e revolta, que essa descaracterização dos nossos bens culturais, incluindo festejos como São João e Carnaval, é um mal irreversível, sem nenhuma possibilidade de retorno.
O mercantilismo que de uns tempos para cá passou a dominar, de modo geral, os meios de comunicação e os gestores públicos, está impondo uma aculturação do nosso povo através da música, de uma forma como jamais se havia visto.
Quem ousa reclamar é rotulado de "velho", "ultrapassado" e "retrógado".
Ainda bem que continuam a existir "ilhas" de preservação dos festejos juninos, do Carnaval e do nosso folclore.
É para uma dessas "ilhas" que eu vou - velho saudoso e teimoso que sou...
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