Já está em plena vigência nota técnica subscrita por Ministério Público de Alagoas e Tribunal de Contas do Estado e dirigida aos prefeitos alagoanos, visando mais transparência dos gestores com relação aos festejos juninos deste ano, no que diz respeito à contratação de grupos musicais.
A ideia é a criação de uma plataforma em que sejam disponibilizadas informações a respeito de gastos, evitando distorções e permitindo acompanhamento permanente dessas despesas.
Uma iniciativa louvável, pois de maneira geral são no mínimo duvidosos os critérios para contratação das chamadas “atrações artísticas”, especialmente quanto ao valor dos cachês.
É uma pena que tais órgãos fiscalizadores não tenham atribuição para questionar o conteúdo e impedir que sejam custeadas com recursos públicos figuras que não têm nenhuma vinculação com a nossa região, muito menos com a época em que se festeja São João, São Pedro e Santo Antônio.
Enquanto nossa cultura é ultrajada com a importação de ritmos alheios às nossas tradições (basta ver a programação desses eventos) forrozeiros tradicionais, e de custo bem menor, são excluídos justamente no período em que poderiam faturar um pouco mais.
Para piorar a situação, de uns tempos para cá cantores locais, que sempre se dedicaram a outros ritmos musicais ao longo da carreira, passaram a se qualificar de “forrozeiros” nessa época, tomando espaço e renda de quem se dedica a vida inteira ao legítimo forró.
Infelizmente, é uma tendência que se verifica não apenas em Alagoas, mas em todo o Nordeste, diante da omissão dos gestores públicos da área de cultura..
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