Contextualizando

CPI da Braskem no Senado define hoje seu relator, confrontando Renan Calheiros e Rodrigo Cunha

Em 21 de Fevereiro de 2024 às 07:47

A Comissão Parlamentar de Inquérito criada pelo Senado Federal para apurar responsabilidades pelo afundamento do solo em vários bairros de Maceió, desde março de março de 2018, tem nesta quarta-feira, 21, um capítulo importante.

É que deve ser definido o nome do relator, quando acontece a primeira reunião de trabalho, com previsão para as 10 da manhã, tendo como principal interessado para a função o senador Renan Calheiros (MDB/AL).

Renan tem a simpatia do presidente da chamada CPI da Braskem, Omar Aziz (Amazonas), e o apoio declarado do vice-presidente, Jorge Kajuru (Goiás), mas encontra resistências de Rodrigo Cunha (Podemos), seu conterrâneo de Alagoas.

Rodrigo Cunha argumenta que, por uma questão de isenção, nenhum senador de Alagoas deva ser indicado relator, até pra dar credibilidade à apuração, tendo em vista que o episódio motivador da investigação ocorre na capital do Estado.

Além do mais, entende Rodrigo que Renan Calheiros tem ligações com a empresa, por ter sido presidente do seu conselho (na época em que a Braskem se chamava Salgema) e pela acusação de que Renan Calheiros Filho quando candidato ao Senado ter recebido doação de campanha da mineradora, em intermediação feita pelo pai.

Outro ponto colocado por ele é que o hoje senador Renan Filho, atual ministro dos Transportes do governo Lula, recebeu indenização da Braskem por duas emissoras de rádios suas que estavam instaladas em área afetada pelo afundamento do solo.

O senador Renan Calheiros tem contra si, também, o governo do presidente Lula, que não tem nenhum interesse no sucesso da CPI da Braskem.

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