Uma alimentação equilibrada é essencial para a manutenção da saúde, e um dos macronutrientes mais importantes presentes na nossa dieta é o carboidrato. No entanto, muitas pessoas têm aderido à prática de cortar completamente o consumo dele em busca de uma perda rápida de peso.
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A seguir, vamos discutir os riscos ao cortar o carboidrato da dieta e entender por que é importante manter esse nutriente essencial em nossa alimentação diária. Confira!
Os alimentos fontes de carboidratos fornecem energia ao corpo. Ao cortá-los, o organismo pode enfrentar dificuldades em manter os níveis adequados para as atividades diárias.
“Esses alimentos são considerados como uma espécie de combustível para o organismo. Quando são queimados no nosso organismo por um processo metabólico, eles se transformam em água e gás carbônico e, com isso, liberam energia”, explica a nutricionista Natália Colombo.
Muitos carboidratos, como grãos integrais, são ricos em fibras. A restrição desses alimentos pode levar a problemas digestivos e constipação, uma vez que a fibra é essencial para a saúde intestinal.
“As fibras presentes nos alimentos ajudam a manter o corpo em equilíbrio. Absorvem excessos e ajudam a eliminar as toxinas. Previnem a constipação e doenças relacionadas ao intestino, ajudam na perda de peso e na prevenção de doenças cardiovasculares”, explica a nutricionista Fernanda Sobral.
Os carboidratos desempenham um papel na preservação da massa muscular. Sua restrição pode resultar em uma diminuição da massa magra, o que é indesejável para muitas pessoas, principalmente para quem pratica atividade física.
“Ele [o carboidrato] é responsável por fornecer glicogênio muscular ao organismo, um combustível essencial para que haja energia durante todo o exercício, favorecendo a manutenção ou construção de massa magra e queima de gordura corporal”, explica Maristela Bassi Strufaldi, nutricionista e mestre em Ciências (Endocrinologia Clínica).
Muitas dietas eliminam os carboidratos da alimentação. Contudo, isso é uma atitude perigosa, pois, quando ele é retirado da dieta, a pessoa pode se sentir fraca e desanimada, sem energia para realizar as atividades do dia a dia.
“Além disso, o carboidrato é fundamental para a produção da serotonina, que é um neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar. Sem o carboidrato, a pessoa pode ter crises de ansiedade, compulsão alimentar, sintomas depressivos”, alerta Natália Colombo.
Eliminar grupos alimentares, como os carboidratos, pode resultar em desequilíbrio de nutrientes essenciais, podendo afetar a saúde a longo prazo. “As pessoas precisam aprender e entender que nenhum alimento engorda, desde que consumido com moderação e na quantidade e da maneira certa”, ressalta Natália Colombo.
O cérebro depende de glicose para funcionar adequadamente. Restringir carboidratos pode afetar a cognição, o raciocínio e o foco, resultando em uma performance cognitiva inferior.
Ademais, conforme explica a nutricionista Fernanda Alves Dias, os açúcares e carboidratos mantêm o corpo ativo, pois fazem o papel de abastecer com energia nossas células. O cérebro, por exemplo, recebe apenas glicose (açúcar) como alimento. Por isso, é preciso manter a boa reposição deste nutriente, que seria em média de 55% a 60% da nossa base alimentar diária.
Os carboidratos desempenham um papel importante na produção de serotonina, um neurotransmissor que contribui para a sensação de relaxamento e bem-estar, além de ser precursor da melatonina, o hormônio responsável pelo sono.Sem a ingestão adequada de carboidratos, a redução nos níveis de serotonina pode dificultar o relaxamento do corpo e prejudicar a qualidade do sono, aumentando as chances de insônia.
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