7 mitos e verdades sobre a incontinência urinária

Publicado em 05/12/2024, às 13h00
A incontinência urinária pode ser prevenida com bons hábitos de vida (Imagem: AldanNi | Shutterstock)
A incontinência urinária pode ser prevenida com bons hábitos de vida (Imagem: AldanNi | Shutterstock)

Por Redação EdiCase

A incontinência urinária é a perda involuntária de urina, ou seja, a incapacidade de controlar a micção. Essa condição pode variar de um escape leve de urina ao esforço, como ao tossir, rir ou levantar objetos, até uma necessidade súbita e intensa de urinar, que pode resultar em vazamentos antes de chegar ao banheiro.

A seguir, os urologistas Dr. Thiago Tagliari, Dr. Elizeu Barnabé Neto e Dr. Octávio Campos esclarecem alguns mitos e verdades sobre a incontinência urinária. Confira!

1. Somente pessoas idosas sofrem de incontinência urinária

Mito. Embora a incontinência seja mais comum entre idosos, pode afetar pessoas de qualquer idade, inclusive jovens. “A condição pode ser causada por diversos fatores, como problemas neurológicos, cirurgias e até durante a gravidez e pós-parto. Mesmo pessoas jovens podem desenvolver incontinência, especialmente mulheres após o parto, devido ao enfraquecimento dos músculos pélvicos”, explica o Dr. Elizeu Barnabé Neto.

2. Incontinência urinária é uma parte inevitável do envelhecimento

Mito. O envelhecimento pode aumentar o risco de incontinência, mas não significa que todos irão sofrer com isso. “O envelhecimento pode enfraquecer os músculos da bexiga e do assoalho pélvico, mas existem medidas preventivas e tratamentos eficazes. Nem todo idoso terá incontinência urinária se cuidar da saúde urinária ao longo da vida”, destaca o Dr. Thiago Tagliari.

3. Exercícios para o assoalho pélvico ajudam a controlar a incontinência urinária

Verdade. Os exercícios de Kegel, que fortalecem os músculos pélvicos, são uma das formas mais eficazes de prevenir e tratar a incontinência urinária, especialmente em casos leves. “Esses exercícios podem melhorar significativamente o controle urinário, tanto em homens quanto em mulheres. Eles são uma ferramenta fundamental para reabilitar o assoalho pélvico, principalmente no pós-parto”, explica o Dr. Octávio Campos.

4. A cirurgia é a única solução para a incontinência urinária

Mito. A cirurgia é uma das opções de tratamento, mas não é a única nem a primeira escolha. “Antes de considerar a cirurgia, há uma série de tratamentos menos invasivos, como fisioterapia do assoalho pélvico, mudanças de estilo de vida, medicamentos e, em alguns casos, dispositivos como pessários. A cirurgia é indicada apenas quando essas opções não são suficientes”, diz o Dr. Elizeu Barnabé Neto.

Ilustração da mão de um médico segurando uma bexiga humana
Segurar a urina por muito tempo pode enfraquecer a bexiga e causar a condição (Imagem: Natali _ Mis | Shutterstock)

5. Segurar o xixi por muito tempo pode causar incontinência urinária

Verdade. Segurar a urina por períodos prolongados pode enfraquecer a bexiga e o controle sobre ela. “Quando uma pessoa faz isso repetidamente, pode treinar mal a bexiga, resultando em dificuldade para segurá-la no futuro. O ideal é urinar sempre que sentir vontade, evitando o acúmulo excessivo de urina na bexiga”, recomenda o Dr. Thiago Tagliari.

6. A incontinência urinária só afeta mulheres

Mito. Embora a incontinência seja mais comum entre as mulheres, especialmente após a gravidez e menopausa, os homens também podem ser afetados pela condição. “Homens podem ter incontinência, principalmente após cirurgias de próstata ou em casos de hiperplasia prostática benigna (aumento da próstata). Isso é menos falado, mas é uma realidade que muitos homens enfrentam”, afirma o Dr. Octávio Campos.

7. Há formas de prevenir a incontinência urinária

Verdade. De acordo com o Dr. Thiago Tagliari, é possível adotar medidas preventivas. “Manter o peso adequado, evitar carregar pesos excessivos, não fumar e praticar exercícios regulares para o assoalho pélvico são formas de prevenir a incontinência. Uma boa alimentação e hidratação também são importantes para manter o sistema urinário saudável”, ressalta.

Por Sarah Monteiro

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