Nos últimos anos, o conceito de well-being (bem-estar) ganhou destaque nas discussões sobre educação, especialmente na infância, período crucial para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social. A relação entre o bem-estar e o desempenho escolar é profunda e direta: crianças que se sentem emocionalmente seguras e acolhidas aprendem melhor, desenvolvem habilidades mais rapidamente e tendem a se tornar adultos mais resilientes, felizes e autônomos.
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Abaixo, confira dicas detalhadas para entender de que modo o well-being pode transformar o processo de aprendizagem e como promovê-lo!
A qualidade do relacionamento entre professores e alunos é um dos fatores mais importantes para o sucesso escolar. Um ambiente de confiança e respeito mútuo reduz a ansiedade e aumenta a motivação para aprender.
Logo, deve-se investir tempo para conhecer cada aluno, promovendo conversas individuais e atividades em grupo que fortaleçam a confiança. “Uma boa conexão pode aumentar a motivação, melhorar a comunicação e promover a autoconfiança. O investimento no bem-estar das crianças reflete-se diretamente em melhores resultados acadêmicos e no desenvolvimento de cidadãos mais responsáveis, emocionalmente saudáveis e preparados para os desafios da vida moderna”, explica Claudia Peruccini, gerente pedagógica da Red Balloon.
Um ambiente em que as crianças se sentem respeitadas e acolhidas favorece não só o aprendizado, mas também o desenvolvimento emocional.
Promova atividades que incentivem a colaboração entre os alunos, como trabalhos em equipe, projetos criativos e momentos de celebração das conquistas individuais e coletivas. “Um ambiente acolhedor, em que os alunos se sintam seguros e respeitados e em que a conexão com professores e colegas preceda a aprendizagem, garante que todos se sintam parte do grupo, fortalecendo as relações interpessoais”, acrescenta Claudia Peruccini.
O desenvolvimento socioemocional é uma peça-chave para o sucesso acadêmico e pessoal. Programas voltados para competências como empatia, resolução de conflitos e trabalho em equipe ajudam a criança a lidar melhor com os desafios do dia a dia.
Insira atividades como rodas de conversa, jogos de tabuleiro colaborativos ou dinâmicas que trabalhem a empatia e a comunicação.
A criação de um ambiente escolar que priorize o bem-estar depende de uma relação sólida entre pais e professores. Quando ambos os lados estão alinhados, é possível oferecer suporte adequado à criança.
Realize reuniões regulares com as famílias para compartilhar observações a respeito do comportamento dos alunos e ofereça orientação sobre como apoiar o desenvolvimento emocional em casa. “Para intervir de forma positiva, a escola deve observar com cautela o estudante e comunicar aos pais qualquer mudança significativa no comportamento”, enfatiza a gerente.
Aspectos físicos como alimentação, sono e saúde têm um impacto direto na capacidade de concentração, memória e motivação das crianças. Sem uma base sólida, o aprendizado fica comprometido.
O erro é parte natural do processo de aprendizagem, mas muitas crianças se sentem desencorajadas diante do fracasso. Criar um ambiente em que o erro seja visto como uma oportunidade de crescimento pode transformar a forma como elas enfrentam desafios.
Celebre os esforços e as tentativas dos alunos, mesmo quando o resultado não for o esperado. Use os erros como ponto de partida para discussões e aprendizado em grupo.
Crianças que se sentem emocionalmente seguras e apoiadas têm maior facilidade para se concentrar, interagir e absorver novos conteúdos. Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelam que alunos com bom bem-estar emocional têm até 20% mais chances de alcançar melhores resultados acadêmicos. Além disso, esses alunos apresentam menos comportamentos disruptivos e maior capacidade de autorregulação.
Monitore o bem-estar dos alunos por meio de questionários ou atividades de autocuidado, criando oportunidades para eles expressarem como estão se sentindo. “O bem-estar infantil nas escolas é crucial para que tenhamos estudantes melhor preparados para os desafios da vida e que sejam genuinamente felizes”, ressalta Claudia Peruccini.
Por Amanda Barbosa
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