O costume de usar o celular antes de dormir pode afetar seu bem-estar mais do que você imagina. Embora hábitos como rolar pelos feeds das redes sociais, responder mensagens no WhatsApp e assistir a vídeos no YouTube para relaxar ao deitar na cama já sejam comuns na rotina pré-sono de muita gente, eles não são inofensivos. Na verdade, estudos apontam que o uso do celular nessas condições pode prejudicar seriamente a saúde. Os efeitos incluem redução da qualidade do sono, aumento dos níveis de estresse e falta de foco no dia seguinte.
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Além disso, o contato com o smartphone e as redes sociais libera dopamina, conhecida como hormônio do prazer. Por isso, quanto mais você usa o aparelho antes de dormir, mais dificuldade terá para se distanciar dele. Na lista a seguir, o TechTudo reúne cinco motivos para você evitar o costume e melhorar sua qualidade de vida.
1. Demora para cair no sono - A luz azul emitida pelo celular gera queda na produção de melatonina, substância que regula o ciclo de sono. Um estudo desenvolvido pela Universidade de Harvard em 2020 mostrou que a exposição à luz azul suprimiu a melatonina por cerca de duas vezes mais que outro formato de comprimento de onda. Logo, usar o celular antes de dormir pode acabar atrasando o adormecer e fazendo com que você tenha menos horas de sono por noite.
No mesmo estudo foi constatado também que essa exposição pode prejudicar o ciclo circadiano, conhecido como relógio biológico do indivíduo. A pesquisa revelou que o contato constante com a luz alterou os ritmos circadianos duas vezes mais, gerando dificuldade para a chegada do sono. Até mesmo a luz fraca pode interferir no ritmo circadiano de uma pessoa e na produção de melatonina.
2. Aumento nos níveis de estresse - Devido à sobrecarga de informações obtidas ao longo do dia, à noite o cérebro se encontra exausto e precisando de descanso. Se, em vez de repousar, você decidir mexer no celular, encarando uma tela de luz forte e consumindo ainda mais conteúdos, poderá se sentir sobrecarregado e ainda mais exausto no dia seguinte.
Além disso, vale lembrar que a luz azul emitida pelos smartphones pode retardar o sono e, assim, fazer com que o usuário durma menos. Com o baixo número de horas dormidas à noite, os níveis de cortisol – hormônio que controla as emoções e as inflamações – podem diminuir. O resultado é, entre outras coisas, um dia seguinte com mais estresse.
3. Insônia - Esse fator é também consequência da luz azul. Ao retardar a produção de melatonina, ela acaba gerando aumento dos níveis de ansiedade e, consequentemente, uma sobrecarga mental. Isso porque a necessidade de repouso do cérebro, que estava preparado para descansar à noite, não foi atendida. Nesse sentido, também há grandes chances de desenvolvimento de insônia, já que, ao usar o celular antes de dormir, você provavelmente ficará mais agitado que o comum.
4. Desenvolvimento de nomofobia - A nomofobia é uma condição caracterizada pelo medo extremo de ficar longe do celular por muito tempo. Ao levar o smartphone para cama com frequência, o usuário corre o risco de se condicionar a essa rotina e acabar desenvolvendo a fobia. Vale lembrar que o uso contínuo dos smartphones e das redes sociais produz dopamina, o hormônio do prazer, favorecendo o desenvolvimento do vício no aparelho. Assim, o processo de afastamento do celular para desfrutar de uma boa noite de sono será mais difícil, causando estresse e até ansiedade.
A nomofobia pode, inclusive, gerar uma falsa impressão de vibração, o que pode levar o indivíduo a acordar durante a noite para checar essa falsa notificação. Por isso, é indicado que, ao se preparar para dormir, o usuário mantenha o celular a pelo menos 15 passos de distância. A atitude vai dificultar a consulta ao aparelho.
5. Falta de foco - Problemas com concentração e falta de foco na rotina podem ser causados pelo hábito de usar o celular antes de dormir. Isso acontece devido ao prejuízo na qualidade do sono que o costume causa, fazendo com que o usuário não descanse de forma correta ao longo da noite. Essa baixa qualidade acarreta em dificuldades para se concentrar e déficit na produtividade diária.
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