5 mitos sobre a relação do sorriso com as rugas

Publicado em 06/11/2024, às 15h45
Sorrir movimenta os músculos faciais, mas tem pouca influência no aparecimento de rugas (Imagem: ViDI Studio | Shutterstock)
Sorrir movimenta os músculos faciais, mas tem pouca influência no aparecimento de rugas (Imagem: ViDI Studio | Shutterstock)

Por Redação EdiCase

Sorrir é um hábito que melhora o nosso bom humor e deixa nossa vida mais feliz. Contudo, esse ato comum no dia a dia, costuma ser associado ao surgimento de rugas. Isso porque sorrir envolve o movimento dos músculos faciais, especialmente ao redor dos olhos e da boca.

Mas, na verdade, o impacto de fatores externos têm uma influencia muito maior no surgimento de linhas de expressão. Tanto a flacidez como as rugas estão relacionadas ao envelhecimento, associado à genética e a fatores intrínsecos, como alterações hormonais. 

“Com o tempo, há um processo natural de oxidação, quando há perda das fibras de colágeno e elastina, que sustentam os tecidos corporais. Também há os fatores externos, que acabam abreviando o envelhecimento da pele, como sedentarismo; alimentação inadequada; tabagismo; exposição solar excessiva sem uso de filtro solar; poluição; variações de peso; entre outros”, explica Luís Maatz, cirurgião plástico, especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC/FMUSP).

Pensando nisso, para que você aproveite o Dia Nacional do Riso sem medo de sorrir, o cirurgião Luís Maatz, que é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), pontua alguns dos principais mitos sobre a relação entre o riso e as rugas. Confira abaixo! 

1. Sorrir frequentemente causa rugas ao redor dos olhos 

Mito. Segundo o cirurgião Luís Maatz, embora o sorriso possa formar linhas ao redor dos olhos, as marcas são, em grande parte, temporárias. “Rugas mais profundas resultam principalmente de fatores como a exposição ao sol e a diminuição de colágeno com a idade”, esclarece. Um artigo da Penn Medicine reforça que até 90% dos sinais de envelhecimento cutâneo são causados pela exposição aos raios UVA. 

2. Evitar expressões faciais reduz o surgimento de rugas 

Mito. Reprimir expressões faciais não impede o envelhecimento da pele. Pesquisadores da Mayo Clinic afirmam que a genética e o estilo de vida têm um impacto muito maior na formação de rugas do que expressões temporárias. “Além disso, o estímulo dos músculos faciais ajuda a preservar a tonicidade e a sustentação da pele ao longo do tempo, retardando a flacidez e o envelhecimento do rosto”, afirma o médico.

3. O hábito de franzir a testa aumenta a propensão às rugas 

Mito. Qualquer expressão repetida pode criar linhas temporárias, mas as linhas duradouras resultam de fatores mais complexos, como a genética e a degradação estrutural da pele. Estudos mostram que sorrisos e expressões neutras, quando acompanhados de exposição ao sol, têm o mesmo potencial de formar ruga. 

Homem fazendo procedimento estético em clínica.
A aplicação de botox ajuda a suavizar rugas de expressão (Imagem: hedgehog94 | Shutterstock)

4. Rugas de expressão são irreversíveis

Mito. O cirurgião Luís Maatz explica que “muitas rugas de expressão são dinâmicas, ou seja, aparecem apenas quando fazemos certas expressões, e não são permanentes. Procedimentos como a aplicação de toxina botulínica ajudam a suavizar essas linhas já existentes, indicando que elas não estão fixadas na estrutura da pele”, explica. Segundo a American Academy of Dermatology, esse tipo de linha é menos resistente ao tratamento comparado às rugas causadas por danos solares. 

5. Botox previne o surgimento de rugas 

Mito. De acordo com uma revisão de estudos publicada no Brazilian Journal of Health Review, o uso da toxina botulínica na prevenção do surgimento de rugas faciais demonstrou ser eficaz, mas sua aplicação para essa finalidade ainda é objeto de debate na comunidade científica. 

“Os efeitos a longo prazo são alguns dos aspectos que demandam mais estudos para avaliar a utilização preventiva do Botox”, pontua o cirurgião. Ele recomenda evitar usar produtos ou “recorrer a procedimentos sem orientação médica. Procure um especialista que te acompanhe na prevenção e no tratamento das suas linhas, levando em conta sua idade e seu tipo de pele”, alerta Luís Maatz. 

Por Flávia Ghiurghi

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