2016: economia alagoana deve sofrer por "não ter gordura para queimar"

Publicado em 03/01/2016, às 18h04

Por Redação

O cenário não inspira otimismo. Tentando contornar um medo que se reflete em todas as áreas da economia e agravada pela instabilidade política, a crise que atinge o Brasil acena para dias ainda mais difíceis para 2016.

De país promissor por conta de descobertas de grande rentabilidade, como o pré-sal, da Petrobras, o país parece ter sido submerso em um medo coletivo que se reflete nas bolsas de valores e possíveis investidores, causando uma reação em cadeia que registrou o maior índice de desemprego dos últimos anos.

Para o economista Silvio Costa, o reflexo desta crise em terras alagoanas será devastador neste ano que está começando. Segundo ele, a dependência de programas sociais pagos pelo Governo Federal é o primeiro ponto preocupante. "A recessão poderá causar cortes justamente nos programas ligados á população de baixa renda", explicou o economista. 

Segundo o especialista, os estados mais pobres sofrerão ainda mais com o impacto negativo. "Não temos gordura para queimar, não há de onde tirar dinheiro para manter as contas em ordem", disse. "É preciso providenciar um programa de recuperação, na esfera federal, para que prefeitos e gestores estaduais possam se programar", opinou Silvio Costa.

COMBATE À CORRUPÇÃO

Silvio Costa sugere que a sensação de insegurança econômica pode ser vencida ao se combater diretamente a corrupção no setor público.

"A Sociedade civil e o empresariado passará a se posicionar positivamente ao perceber que os casos ligados a roubos de verbas. A população precisa  voltar a acreditar no combate à corrupção, assim a economia voltará a fluir novamente, o que gerará otimismo nos investidores", concluiu Silvio Costa.

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