Vivemos uma era hiperconectada, na qual a velocidade da informação supera nossa capacidade de processá-la. A cada segundo, somos expostos a um volume exorbitante de dados, desde notícias e notificações até vídeos curtos e conteúdos de entretenimento instantâneo. Embora isso pareça inofensivo, o excesso de estímulos é capaz de levar à fadiga mental, prejudicando a memória, a criatividade e a habilidade de concentração. Com o tempo, essa sobrecarga digital pode desencadear sintomas como ansiedade, procrastinação e até mesmo apatia diante de atividades que antes despertavam interesse.
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Brain rot é uma expressão que significa “apodrecimento cerebral” ou “cérebro podre”. Foi escolhida como a palavra do ano de 2024 pela Oxford University Press devido ao seu uso crescente entre jovens nas redes sociais para descrever a deterioração mental causada pelo consumo excessivo de conteúdo online.
O transtorno pode ser causado pelo consumo de conteúdos on-line de baixa qualidade, passar muito tempo conectado a dispositivos eletrônicos, consumir conteúdos rápidos e rasos, conteúdos sensacionalistas e que não estimulam o pensamento profundo.
Conteúdos sensacionalistas, desinformativos ou banais são nocivos, e também é importante evitar o doomscrolling, que se trata do hábito excessivo de notícias negativas, associado à depressão e insônia, que forma um ciclo vicioso propício a reduzir o bem-estar e a produtividade.
Ao adotar práticas saudáveis, é possível minimizar os impactos do brain rot e promover equilíbrio mental. Confira dicas abaixo:
Por Marta Relvas
Bióloga, Dra.h.c em Educação, doutora e mestre em Psicanálise, neurocientista, neuropsicopedagoga, psicopedagoga, membro efetiva da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento. Entre os livros lançados estão “Neurociência e transtornos de aprendizagem”, “Fundamentos biológicos da educação” e “Sob o comando do cérebro”.
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