Zootecnistas de Maceió integram missão humanitária na Bahia

Publicado em 29/07/2019, às 18h21
Reprodução/Secom Maceió -

Secom Maceió

Após o rompimento da barragem Quati, que alagou as cidades de Pedro Alexandre e Coronel João Sá, na Bahia, centenas de pessoas tiveram que deixar suas casas. Consequentemente, animais domésticos também foram afetados com o incidente. E para auxiliar os profissionais das cidades, dois zootecnistas da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) de Maceió integraram uma missão humanitária no local.

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O rompimento da barragem aconteceu em 11 de julho, mas os profissionais de Maceió chegaram em Coronel João Sá no dia 17 e ficaram até 27. “A oportunidade de participar como voluntários surgiu após um treinamento. Neste treinamento, a rede de contatos formada fez o convite e, de prontidão, entendemos ser o momento para aprender ajudando”, conta o coordenador-geral da UVZ, Samy Barros.

A equipe, composta pelos dois zootecnistas da UVZ – Samy Barros e Jackson Santos- e por um médico veterinário, ficou responsável por acompanhar 11 famílias de criadores de porcos, que tinham criações alojadas às margem do Rio do Peixe, que recebeu as águas da barragem e inundou a cidade de Coronel João Sá.

“As equipes contavam com pessoas da Defesa Civil, militares, secretarias de Governo da Bahia e órgãos municipais, além de voluntários de outros estados também. Todos tínhamos o único objetivo de dar conforto, saúde, segurança e esperança aos atingidos”, destaca Samy Barros.

Samy relembra que a ocorrência contou com colaborações diversas, como médicos, engenheiros, civis sem profissão e soldados. “O cenário encontrado era o de destruição, dúvidas, desespero e esperança também. Nós não fomos os únicos voluntários, o lado brasileiro da humanização estava presente. Eram três ginásios para servirem de abrigo”, relata.

Capacitação para situações de emergência

O coordenador da UVZ já havia atuado em situação de emergência, que foi na enchente de 2010, em Rio Largo, mas conta que a tomada de decisão nesta ocasião foi mais didática. “Nós havíamos passado por um treinamento dias antes, por meio do Conselho Regional de Medicina Veterinária, e a visão é outra. A capacitação organiza para atuar de forma mais eficaz e objetiva”, explica. “Como gestor de uma repartição que tem como objetivo a profilaxia, principalmente de doenças emergentes, o aprendizado foi e será a maior ferramenta para lidar com os desafios”, acrescenta.

Os profissionais atuam na linha de frente das ações voltadas aos cuidados dos animais dos bairros Bebedouro, Mutange e Pinheiro, atuando pela UVZ e pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária.

“Experiências como esta servem para traçar metas, gerir problemas e minimizar desesperos diante de situações em que, por mais que se preveja, acontecem. A busca pela saúde é diuturna e sempre prioridade, por isso é importante o constante aperfeiçoamento. Faço dessa experiência um ponto de reflexão e de base para ensinar, repassar e somar forças. Agradeço a oportunidade que me deram. Fui mudar vidas e mudei a minha”, finaliza o coordenador da UVZ.

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