Ana Carla Vieira, Lelo Macena e Paulo Victor Malta
Imagens obtidas pela TV Pajuçara e pelo TNH1 mostram a vista aérea da mina 18, da Braskem, após o rompimento do teto que provocou o avanço abrupto da laguna Mundaú sobre a estrutura da mina, no Mutange, em Maceió. Os créditos são de Charles Northrup, confira nos vídeos abaixo:
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Mais imagens, da OVNI Áudios e Vídeos, compartilhadas pela Agência Alagoas, mostram a situação na região da lagoa após o rompimento. Veja:
O prefeito de Maceió, JHC, e o coordenador da Defesa Civil municipal, Abelardo Nobre, sobrevoaram a área da mina 18, da Braskem, na tarde deste domingo, 10, após as autoridades registrarem o rompimento da mina na margem da laguna Mundaú, no Mutange.
Segundo o coordenador da Defesa Civil municipal, houve rompimento do teto da mina e os primeiros dados indicam que as outras minas ao redor não apresentam comportamento anormal.
Entenda a situação - Após a Defesa Civil de Maceió alertar sobre o colapso iminente da mina 18, da Braskem, no Mutange, cerca de 23 famílias tiveram que ser retiradas das casas que estão localizadas na área de risco. A Justiça Federal, inclusive, autorizou o uso de força policial, caso os moradores recusassem a sair. O caso é um desdobramento dos tremores de terra que começaram a ser sentidos pela população do Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e parte do Farol em março de 2018, causados pela mineração de sal-gema feita pela Braskem desde a década de 70 naquela região, conforme apontou o Serviço Geológico do Brasil.
A Prefeitura de Maceió desocupou seis escolas em diferentes bairros da capital para torná-las abrigos temporários aos moradores e também decretou estado de emergência na capital por 180 dias.
O presidente da Braskem, Roberto Bischoff, afirmou na segunda-feira, 4 de dezembro, que nos últimos quatro anos foram realocadas 40 mil pessoas - a estimativa dos órgãos é que o número seja de quase 60 mil - em 14,5 mil imóveis e mais de 97% das propostas de indenização foram aceitas e pagas por meio do Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF). O comentário foi feito ao Estadão durante o 28º Encontro Anual da Indústria Química (Enaiq), evento tradicional do setor químico promovido pela Associação Brasileira de Indústrias Química (Abiquim).
A Justiça Federal determinou, na manhã da quinta-feira, 30 de novembro, que a Braskem adote providências em relação ao novo mapa elaborado pela Defesa Civil Municipal, que inclui no PCF novos imóveis localizados no Bom Parto. A mineradora comunicou aos acionistas e ao mercado que o valor atribuído à causa pelos autores da ação é de R$ 1 bilhão.
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