Vídeo: Polícia encontra R$ 8 milhões em gavetas durante operação em SP

Publicado em 01/10/2020, às 11h33
-

Diário do Poder

O Ministério Público de São Paulo deflagrou, na manhã desta quinta-feira (1°), a segunda fase da Operação Monte Cristo. A ação mira suposto esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro praticadas por cinco grandes distribuidoras de medicamentos.

LEIA TAMBÉM

Segundo apurado pelo MP, o grupo causou um rombo de R$ 10 bilhões aos cofres públicos nos últimos seis anos. Os agentes públicos que realizaram buscas nesta manhã encontraram cerca de R$ 8 milhões acondicionados em gavetas em um dos endereços investigados (vídeo).

Estão sendo cumpridos 88 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Goiás e Minas Gerais. Além das distribuidoras, a operação também apura a prática dos crimes em duas redes varejistas, que correspondem a mais de 300 lojas, e uma associação nacional de distribuidores. A Justiça também determinou, a pedido do MP, o sequestro de 17 imóveis.

A ação contou com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda e do Planejamento de São Paulo, da Superintendência da Receita Federal e da Procuradoria-Geral do Estado, além da cobertura de segurança das polícias Civil e Militar.

Veja vídeo: 

Monte Cristo

A primeira fase da operação teve início em 2017, cujos alvos eram a rede de farmácias Farma Conde, com lojas localizadas na região do Vale do Paraíba. À época, o MP apurou que a sonegação fiscal rendeu um prejuízo de R$ 340 milhões ao Estado.

Com a colaboração de delatores, as investigações apontaram a participação das distribuidoras Dismed, Divamed, Mais Bela, Medicamental e Navarro. Também de duas redes varejistas, a Bifama e Campeã, além da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos, Abradilan.

Segundo o relato dos colaboradores, as empresas investigadas nesta quinta (1°) criaram atacadistas de fachada para a aquisição intermediada de medicamentos junto aos laboratórios. Desta forma, transferindo a responsabilidade do recolhimento do ICMS a essas empresas intermediadoras. Além da fraude fiscal pela sonegação de impostos, o grupo também promoveu concorrência desleal no mercado varejista, conseguindo aplicar valor mais baixo aos produtos devido ao não pagamento das taxas estaduais.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Patrão morre após ser esfaqueado por funcionário durante confraternização no interior de MG Câmera de segurança flagra momento do acidente que matou 38 pessoas em MG; veja PRF apreende 11 toneladas de drogas escondidas em carga de ração que seriam levadas para o RJ Bombeiros encerram trabalhos em grave acidente em MG; mais de 30 morreram