Theo Chaves
Imagens divulgadas pelo Instituto do Meio do Estado de Alagoas (IMA-AL) mostram o momento em que o macaco bugio, da espécie Alouatta belzebul, foi capturado na manhã desta segunda-feira (21), na zona rural de Satuba. Durante a operação, que contou com o apoio do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, os técnicos utilizaram um dardo tranquilizante para fazer a captura do primata.
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O vídeo feito pelo IMA mostra que o animal foi avistado em uma árvore, num local de difícil acesso para os técnicos. Após ter sido sedado com o dardo tranquilizante, ele foi capturado com a ajuda de uma rede. Em seguida, o macaco bugio foi colocado dentro de uma gaiola e encaminhado para o Centro de Tratamento de Animais Silvestres (Cetas), para receber cuidados e, posteriormente, ser reintroduzido à natureza.
Macaco foi visto em telhado de casa e assustou moradores
O macaco bugio foi visto pela primeira vez no último dia 12, no telhado de uma residência, no Povoado Lindóia, na Zona Rural de Satuba, Região Metropolitana de Maceió. A imagem do primata circulando pela vizinhança viralizou nas redes sociais e causou preocupação nos moradores, que temiam que o animal atacasse alguma criança.
Três dias após o primeiro registro, o "macaco roncador" voltou a aparecer no quintal de uma outra residência, no Povoado Lindóia. A presença do primata não passou despercebida graças a um barulho característico que ele fazia.
Já no dia 17, a equipe de reportagem do programa Balanço Geral Alagoas, da TV Pajuçara, esteve no povoado e flagrou o macaco por cima do telhado de uma casa. Moradores da rua relataram ao repórter Williamis Tavares que o bugio estava mais triste do que antes, e a causa pode ser a fome e a sede, já que está fora do seu habitat. Populares ainda especularam que o primata estava sentindo a falta de uma companhia, pois sempre aparecia sozinho no telhados das residências.
Espécie é inofensiva
Em entrevista ao TNH1, o médico veterinário Epitácio Correia explicou que o macaco o bugio é um animal inofensivo, desde que esteja em seu habitat e que a população não tente interagir com ele. "É importante que, nesses casos, as pessoas entrem em contato com os órgãos competentes, a exemplo do IMA, Ibama, ICMbio e Batalhão de Polícia Ambiental, que vão adotar as medidas adequadas", orienta Epitácio,.
O veterinário alerta ainda que é crime agredir ou tentar matar o animal. "É um primata que está ameaçado de extinção, inserido no plano de ação nacional do ICMBio, de primatas ameaçados do Nordeste. Muito provavelmente esse povoado está localizado em um fragmento de Mata Atlântica, de alguma área que tem a ocorrência de algum bando dessa espécie", finalizou.
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