Folhapress
Morta pelo namorado, que depois cometeu suicídio, a vereadora Yanny Brena Alencar, 26, foi imobilizada com um "mata-leão" e pendurada em uma corda ainda viva, segundo apontou a investigação.
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Segundo as investigações, Rickson Pinto Lucena aplicou um golpe conhecido como "mata-leão" e levou a vereadora arrastada para a sala da casa, onde ela foi amarrada e pendurada, ainda viva. O objetivo era simular um duplo suicídio, explicou o chefe da Polícia Civil do Ceará, Márcio Gutiérrez.
A polícia também concluiu que houve luta corporal e que o homem utilizou bastante força contra Yanny no dia da morte: "procurou subjugar a vítima, que resistiu. Ela tinha lesões de defesa em vários locais, material biológico dele debaixo das unhas", disse o delegado.
Rickson não aceitava o fim do relacionamento, término que partiu da vereadora. Ele matou Yanny e depois se suicidou.
As investigações descartaram a presença de uma terceira pessoa, já que a perícia encontrou apenas DNA dos dois no local do crime.
Rickson Pinto também desligou as câmeras da casa, que deixou de registrar imagens às 17h32 do dia 2 de março, um dia antes das mortes.
Ao todo, 25 testemunhas foram ouvidas pela polícia, que ainda analisou mais de 60 horas de imagens de câmeras de segurança da rua e da casa.
"Ela tinha lesões no rosto, no queixo, nos braços, lesões de arrasto, indicando que ela foi puxada por ele. Ele chegou a aplicar um mata-leão nela, para deixá-la inconsciente, então foi algo realmente muito violento. A própria Pefoce [Perícia Forense do Ceará] deixou isso no laudo, de que ele empregou muita violência, compatível até com um acidente de veículo", afirmou Márcio em entrevista à TV Verdes Mares, afiliada à TV Globo.
"O laudo médico indica que realmente houve uma agressão intensa antes da morte. Ela tem várias lesões externas e internas, e uma das mais características é a que caracterizou como um mata-leão. Ela foi subjugada antes de ser colocada na corda, ainda viva. Existe sinais vitais de que ela reagiu ainda neste momento", disse o perito geral da Pefoce, Júlio Torres.
RELEMBRE O CASO - O casal foi encontrado morto no dia 3 de março, na casa onde moravam no bairro Lagoa Seca, em Juazeiro do norte, por uma funcionária que cuidava da residência.
As marcas nas vítimas indicavam luta corporal, conforme um laudo a que a TV Globo teve acesso. Não havia sinais de invasão da casa nem de ferimentos de arma de fogo.
O laudo pericial indicou que ambos morreram por asfixia.Uma amiga de Yanny disse à polícia que a vereadora não queria continuar a pagar as contas do namorado. A informação foi obtida pela TV Verdes Mares, afiliada da TV Globo.
PROCURE AJUDA - Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV e os Caps (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade.
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