Veja o que o cantor Leonardo disse sobre inclusão de fazenda em 'lista suja' da escravidão

Publicado em 07/10/2024, às 18h16
Foto: Reprodução/Redes Sociais -

FolhaPress

Leonardo se manifestou sobre a inclusão de seu nome na "lista suja" do trabalho escravo. O cantor disse que ficou "surpreso e muito triste" por ter seu nome incluído na lista. "Eu já plantei tomate, sei como é uma vida difícil. Eu, [pelo meu] coração, jamais faria isso", afirmou.

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"Há um equívoco muito grande sobre a minha pessoa. O Brasil inteiro me conhece, sabe a pessoa que sou, da idoneidade que tenho. [...] Eu não me misturo nessa lista que fizeram de trabalho escravo. Eu sou totalmente contra esse tipo de coisa. Sempre serei contra isso."

O músico afirmou que não sabia das condições em que um arrendatário da Fazenda Lakanka mantinha seus funcionários. A Fazenda Lakanka é anexa à Fazenda Talismã. "Surgiu a um funcionário nessa fazenda qu arrendei, que não conheço, nunca vi. [...] Eu não conheço quem estava naquelas 'casinhas', quem os colocou lá."

Ele defendeu que o caso foi arquivado, e a multa em seu nome, paga. "Foi lavrada uma multa pra mim, que sou proprietário da Fazenda, mas não da Fazenda Talismã, mas da Fazenda Lakanka, que arrendei pra ser plantada a soja. Até aí, a gente respeita o Ministério Públco, mas essa multa foi acertada, inclusive já tá tudo arquivado."

Leonardo foi incluído na atualização da "lista suja" do trabalho escravo nesta segunda-feira (7). O cadastro mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego torna públicos os nomes de pessoas responsabilizadas pelo crime pelo governo federal, após operações de resgate de trabalhadores.

Em 2023, uma fiscalização encontrou seis pessoas em condições degradantes e outras trabalhando "na mais completa informalidade" na Fazenda Lakanka. Ainda que a fazenda tenha sido arrendada para um terceiro, segundo a fiscalização, a limpeza e preparação do local seriam responsabilidades do canto. Com base nisso que Leonardo foi identificado como empregador.

Paulo Vaz, advogado de Leonardo, reiterou que a responsabilidade era do arrendatário do local. "Tratava-se de uma área arrendada, que todas essas pessoas tiveram as indenizações pagas e os processos se encontram arquivados", disse, à Repórter Brasil.

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