Theo Chaves
A Justiça de Alagoas tornou réu pelo crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver o escultor e colecionador de armas (CAC) Reginaldo da Silva Santana, acusado de ser o autor da chacina que deixou quatro pessoas mortas, em um sítio na Zona Rural de Arapiraca, no Agreste alagoano. O crime foi descoberto no dia 19 de abril de 2024, após os corpos das vítimas serem encontrados dentro de um poço, em uma propriedade do escultor.
Além de Reginaldo, a Justiça tornou réus os acusados Wesley Santana Sá e Adriano Santos Lima pelo crime de ocultação de cadáver. A denúncia do Ministério Público aponta que eles teriam ajudado o colecionador a esconder os corpos das vítimas dentro de um poço. Os dois vão responder ao crime em liberdade provisória.
Na decisão, o juiz Alberto de Almeida, da 5ª Vara de Arapiraca, cita que na denúncia apresentada pelo MP-AL "estão presentes os pressupostos indiciários de autoria e materialidade exigidos para o recebimento da denúncia, consolidados nos elementos de convicção compreendidos nos autos da prisão em flagrante".
Já com relação à liberdade provisória concedida aos réus Wesley e Adriano, o magistrado cita que, embora o crime seja de acentuada gravidade, a aplicação de medidas cautelares, neste caso, seria suficiente.
"A prisão preventiva medida extrema e que só deve ser aplicada ante a demonstrada insuficiência ou inadequação das medidas cautelares diversas, entendo que, no presente caso, embora trata-se de crime com acentuada gravidade, ante as circunstâncias do fato concreto e considerando a gravidade da conduta do indiciado, verifico que a aplicação de medidas cautelares possam ser suficientes e adequadas. Ademais, observo que os acusados não possuem outros processos criminais, bem como não há nos autos notícias de que tenha tentado coagir ou pressionar testemunhas", citou Almeida.
O caso - Um empresário de 38 anos, identificado como Reginaldo da Silva Santana, também conhecido como Giba, foi preso em Arapiraca, após confessar ter assassinado dois homens e duas mulheres. A Justiça decretou a prisão preventiva do empresário um dia após o crime ser descoberto, em abril deste ano. No mesmo dia, outras duas pessoas ligadas ao caso foram detidas na cidade de Nossa Senhora da Glória, no estado de Sergipe.
A ação investigativa foi coordenada pelo delegado Flávio Saraiva, secretário de Segurança Pública, e pelo delegado-geral Gustavo Xavier, da PCAL, acompanhado do delegado-geral adjunto Eduardo Mero e do diretor do DPJ 1, delegado Daniel Mayer, juntamente com o delegado Edberg Sobral, titular da 4a Delegacia Regional de Arapiraca (4aDRP).
As prisões dos dois outros envolvidos foram realizadas pelo Núcleo de Investigação Especial (NIESP), da Delegacia Geral da PC de Alagoas, que é coordenado pelo delegado Sidney Tenório, com o apoio da equipe do Centro de Operações Policiais Especiais (COPE), sob o comando do delegado João Elói, da PC de Sergipe.
As investigações acerca do caso se concentram com a equipe da Delegacia Regional de Arapiraca (AL), sob comando do delegado Edberg Oliveira.
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