Redação
“Não vamos admitir que crimes de mando, coronelismo ou quem cometer qualquer tipo de crime fiquem impunes. Serão duramente punidos pela Secretaria da Segurança Pública, que encaminhará inquérito para o Ministério Público e posteriormente à Justiça”.
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Esse compromisso foi assumido pelo governador Paulo Dantas (MDB), na quarta-feira (3), ao anunciar a redução de 9,36% no número de mortes violentas intencionais no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023.
No mesmo evento, foi anunciado que em Arapiraca, segundo maior município de Alagoas, o número de homicídios aumentou em 19,51% no mesmo período, de acordo com Relatório do Núcleo de Estatística e Análise Criminal da Secretaria da Segurança Pública.
Faltou dizer que Paulo Dantas é mais um governante a assumir esse tipo de promessa, mas que há crimes ainda não esclarecidos, a exemplo do assassinato de Luciano Araújo da Silva, de 22 anos, o “Cremosinho”, ocorrido em 2 de junho passado, em Maceió, e da execução sumária do blogueiro Adriano Farias, em Junqueiro, em 18 de junho, com características de crime com motivação política, só para citar dois mais recentes.
São apenas dois casos, mas há inúmeros outros homicídios não esclarecidos em Alagoas, sendo um dos mais emblemáticos o do jornalista Jorge Ovídio, ocorrido há mais de 30 anos, em circunstâncias até agora misteriosas, ainda na gestão do governador Geraldo Bulhões.
O jornalista a vítima foi encontrada morta com um tiro na cabeça, num apartamento com as portas fechadas, no Residencial Bradesco, Centro de Maceió, e nenhuma arma foi encontrada no local – a autoria do assassinato é desconhecida até hoje.
Situações como essas contestam uma máxima da área policial, segundo a qual não existe crime perfeito.
Alagoas parece fugir a essa regra, tanto que até hoje, decorridas três décadas, persiste a curiosidade: afinal, quem matou Jorge Ovídio?
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