Redação
Uma situação de insegurança, dentro ou no entorno da escola, já levou 1 a cada 10 alunos do ensino fundamental da rede pública e privada em Alagoas a voltar para casa, após terem as aulas suspensas.
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O levantamento é do 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado semana passada, que aponta: 9,5% dos alunos relataram pelo menos uma suspensão ou interrupção de aula por motivos de insegurança durante o ano de 2015. Na rede pública, esse número foi de 10,2% e, na rede privada, 6,6%.
Outro levantamento apresentado pelo Anuário de Segurança Pública mostra que 54,3% dos alunos, do 9º ano do ensino fundamental, informaram que as escolas onde estudam estão situadas em locais de risco.
O número é ainda maior quando se trata de escolas públicas: 58,8% dos alunos entrevistados disseram estudar em escolas localizadas em regiões consideradas inseguras. Acima da média nacional, que é de 53,5%.
E não são apenas os alunos da rede pública que se sentem inseguros. Na rede privada, 35,5% deles afirmaram também estudar em escolas situadas em locais de risco.
Para a presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Alagoas (Sinepe/AL), Barbara Heliodora, os números reforçam a realidade de insegurança no Estado.
“O aumento da violência em Alagoas é considerável, principalmente nos últimos anos. Mas é claro que existem regiões mais vulneráveis e, por isso, as escolas estão procurando se proteger mais, com instalação de câmeras de segurança e contratação de vigilantes”, avalia.
De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, existem ações de combate e prevenção à violência nas escolas, realizadas por meio de mediação, conselhos, palestras e outras atividades, a participação do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), Batalhão Escolar, Escola Superior de Magistratura e Secretaria de Estado de Prevenção à Violência.
A Secretaria informou ainda que conta com o trabalho das Bases Comunitárias da PM nas seis regiões mais vulneráveis da capital alagoana para combater a violência e as drogas dentro das escolas.
Também são realizadas palestras por meio do Programa Cidadania e Justiça na Escola e levantamentos de problemas vivenciados no ambiente escolar por meio da Agenda Integrada de Combate à Violência.
Por último, a pasta citou uma parceria com o Tribunal de Justiça de Alagoas que deu início ao Núcleo de Conciliação e Mediação de Conflitos na Escola Estadual Edmilson Pontes, projeto piloto, que pretende estreitar as relações entre pais, professores, gestores e alunos para que eles possam interagir entre si e resolver os próprios conflitos.
*Estagiário sob supervisão
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