TNH1 com Ascom Ufal
A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) informou, nesta sexta-feira, 04, que uma comissão de investigação preliminar foi criada para colher mais informações sobre uma denúncia de assédio sexual no Centro de Tecnologia da universidade. A unidade de ensino destacou, porém, que o processo vai correr em sigilo para preservar os envolvidos até a apuração dos fatos. O caso aconteceu no último dia 29.
LEIA TAMBÉM
Em um comunicado publicado no site oficial, a Ufal afirmou que repudia qualquer tipo de violência e, por isso, está junto com a direção do Centro de Tecnologia (Ctec), dando todo suporte para que seja apurado o fato ocorrido na última sexta-feira (29) em relação ao caso de assédio sexual que está circulando nas redes sociais e em grupos de Whatsapp.
“Consideramos lamentável todo e qualquer tipo de violência, especialmente contra meninas e mulheres. Precisamos dar um basta nesse tipo de situação e, por isso, vamos trabalhar conjuntamente com vários setores da nossa Universidade. Estamos fazendo uma campanha ampla de conscientização e de alerta também. Vamos dizer “não” à violência, não ao assédio contra as mulheres! Estamos no Agosto Lilás, mês de combate à violência contra a mulher, mas essa campanha deve ser permanente”, disse o reitor Josealdo Tonholo.
A comissão ficará responsável pela apuração e esclarecimento dos fatos e por recomendar os encaminhamentos pertinentes que podem, inclusive, culminar em procedimento disciplinar. “O processo investigativo preliminar é necessário para ter mais informações para tomar as decisões necessárias e urgentes no âmbito da Ufal”, relatou o reitor.
O caso ocorrido no Centro de Tecnologia chegou ao conhecimento do Gabinete da Reitoria na tarde de quarta-feira (2) e, de imediato, a equipe da assessoria técnica foi colocada à disposição da direção do Ctec. A investigação preliminar é necessária para reunir os elementos necessários para poder agir.
“Esse é um caso muito delicado, precisamos preservar a integridade física e mental dos jovens e prestar toda solidariedade e apoio a todos os envolvidos – inclusive familiares – até que tudo esteja suficientemente esclarecido e com os encaminhamentos internos necessários. Temos muito cuidado para não deixar a situação ainda mais difícil. Já colocamos à disposição nossa equipe multidisciplinar da Pró-reitoria Estudantil para atendimento psicossocial necessário. Estamos firmes no propósito de esclarecer os fatos”, completou Tonholo.
O professor Vladimir Caramori, diretor do Ctec, explica que o caso exige cautela.“Precisamos agir com firmeza para combater qualquer abuso, mas também com muito cuidado porque toda informação que nos chegou até o momento ainda é proveniente de terceiros e não das pessoas diretamente envolvidas. Isso é muito complicado. Temos que ter a preocupação de não fazer nenhuma acusação, nem linchamento virtual, antes de melhor apuração dos fatos, sob risco de complicar ainda mais uma situação que já é delicada. Por isso instauramos a comissão”, reforçou.
Diretrizes
A Ufal tem uma Resolução Nº 90/2019-Consuni, que disciplina os procedimentos que devem ser adotados em casos de assédio e outras formas de discriminação e preconceito. Esta resolução dá as diretrizes que são seguidas pela comissão da investigação, para o caso em questão e outros, porventura existentes.
A Universidade está atuando fortemente na conscientização contra qualquer forma de assédio, sendo ativa participante das atividades instituídas pela Lei 14.448/2022, através da campanha Agosto Lilás que, em âmbito nacional, promove o mês de proteção à mulher, destinado à conscientização para o fim da violência contra a mulher.
LEIA MAIS