José Matheus Santos / Folhapress
Um turista de 43 anos morreu na terça-feira (15) após mergulho em uma área de cerca de 60 metros de profundidade em Fernando de Noronha.
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De acordo com a Administração do arquipélago, Bruno Jardim de Miranda Zoffoli, que morava em Minas Gerais, teve a chamada doença de descompressão quando há excesso de nitrogênio, ou outro gás na mistura respiratória, como o gás Hélio, dissolvido nos tecidos do corpo humano em decorrência da permanência do indivíduo em locais onde a pressão é maior que a pressão atmosférica.
A doença de descompressão pode gerar bolhas no sangue podendo provocar bloqueios de vasos sanguíneos, embolia pulmonar, dificuldades respiratórias e formigamentos, além de dores nos músculos e articulações. As bolhas são formadas principalmente quando o mergulhador sobe rapidamente de alta profundidade para o nível da superfície em um curto espaço de tempo.
Zoffoli foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para o Hospital São Lucas, em Noronha, com problemas respiratórios e rebaixamento de nível de consciência após o mergulho profundo que é realizado com apoio de cilindro.
O hospital encaminhou o paciente para a terapia hiperbárica em razão do diagnóstico de doença de descompressão. O procedimento consiste em colocar a pessoa em uma câmara para que ele respire oxigênio puro, em um local com pressão superior à atmosférica.
Após algumas horas do tratamento, segundo a unidade de saúde, o homem apresentou melhora clínica dos sintomas, porém, posteriormente, teve parada cardiorespiratória. Os médicos realizaram procedimentos de reanimação por cerca de 90 minutos, mas não houve recuperação.
O corpo do turista foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal, no Recife.
Os mergulhos são uma das principais atividades feitas por turistas nas águas ao redor do arquipélago, que tem a fauna marinha e embarcações naufragadas como atrativos. Já o mergulho em águas profundas costuma ser feito por profissionais já experientes.
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