Treze policiais são afastados após PM jogar homem de ponte em SP

Publicado em 03/12/2024, às 18h44
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UOL

Treze policiais militares foram afastados das ruas após um vídeo registrar o momento em que um PM joga um homem de cima de uma ponte em São Paulo.

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O que aconteceu

O caso aconteceu na madrugada desta segunda-feira (2). Em nota, a Secretaria da Segurança Pública determinou o afastamento imediato de 13 policiais militares envolvidos na ocorrência.

Os militares pertencem ao 24° Batalhão da PM, localizado na cidade de Diadema, na Grande SP. "A instituição repudia veementemente a conduta ilegal e instaurou um inquérito para apurar os fatos e responsabilizar todos os agentes. A Polícia Militar reitera seu compromisso com a legalidade e não tolera desvios de conduta", diz nota enviada ao UOL.

O jovem arremessado de ponte não teve ferimentos graves, segundo fontes na polícia. Ele passou a ser perseguido por PMs da Rocam após fugir de uma abordagem quando conduzia uma moto sem placa por volta das 23h deste domingo em Diadema, na Grande São Paulo.

Ele foi interceptado pela PM em Cidade Ademar, na zona sul de São Paulo, após perseguição de 2 km. De acordo com o registro policial, os agentes não encontraram nada ilícito durante a abordagem, pouco antes de o jovem ter sido arremessado da ponte. Na cena registrada em vídeo por uma testemunha, há a participação de ao menos quatro policiais militares.

Garrafas, pedras e pedaços de madeira foram arremessados na direção dos agentes durante o trajeto, segundo a PM. Nenhum agente se feriu.

O registro só foi feito em base da força tática da PM. Em registro, os policiais militares que participaram da ocorrência disseram que o local era de risco por ser reduto histórico de bailes funk. O vídeo também mostra os agentes manejando a moto do suspeito antes de ele ser jogado do local.

'Política de morte e vingança'

O ouvidor diz que pediu afastamento e punições. Em nota, Claudio Silva afirmou que medidas não têm se mostrado eficazes contra violência policial.

Os policiais foram punidos com trabalho administrativo. Segundo o secretário de Segurança, Guilherme Derrite, eles ficarão afastados das ruas até a conclusão das investigações. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que um inquérito policial militar foi aberto para apurar os fatos.

Derrite exaltou PM em nota que repudia ato de violência dos policiais afastados. Em publicação nas redes sociais, o secretário de Segurança Pública de São Paulo afirmou que "anos de legado da PM não podem ser manchados por condutas antiprofissionais".

"Sabemos, entretanto, que essas medidas não estão sendo eficazes para o estancamento desse derramamento de sangue em nosso estado, fruto de uma política de morte e vingança, constantemente legitimada pela maior autoridade de Segurança Pública do Estado, que é a SSP", Claudio Silva, ouvidor das polícias de SP, em nota.

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