Treinamento sobre Sistema de Gestão do Patrimônio Genético é destaque em evento em Maceió

Publicado em 14/08/2018, às 08h15
Treinamento sobre Sistema de Gestão do Patrimônio Genético | Divulgação -

Redação

Dando continuidade à programação do 8º Congresso Internacional do Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – PROFNIT, nesta terça-feira (14) a partir das 9h acontece na Casa da Indústria (FIEA) a segunda etapa do treinamento do Sistema Nacional do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional (SisGen) do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

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A primeira etapa foi realizada nesta segunda-feira (13), também no prédio da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas. O treinamento tem o objetivo de capacitar mão de obra nacional para utilizar o Sisgen. O Sistema é uma plataforma eletrônica de cadastramento obrigatório de todas as pesquisas, experimentais ou teóricas, realizadas com patrimônio genético brasileiro. Maceió foi uma das 3 capitais do Brasil escolhidas pelo MMA para a realização desta oficina. 

Quem deseja utilizar o Sisgen deve primeiro homologar o cadastro no sistema. A segunda etapa do processo é o cadastro do projeto, que deve ser feito pelo pesquisador responsável. Por último, ocorre a homologação do projeto pelo representante legal da instituição. O 8º ProspeCT&I acontece até o dia 18, quando se inicia o XV Seminário Brasil-Portugal – Internacionalização de Empresas, Empreendedorismo, Inovação e a Transformação Digital. Mais informações sobre os seminários estão disponíveis no site do PROFNIT, o www.profnit.org.br. 

Simone Lopes, diretora da Agência de Inovação Tecnológica (Inovatec) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), participou do treinamento e disse que a atividade visa esclarecer muitas dúvidas que ainda existem sobre o SisGen. "Estamos de fato aprendendo a como utilizar o sistema. O que podemos configurar como patrimônio genético, o que a gente configura como conhecimento tradicional associado, para poder fazer a proteção das pesquisas que são desenvolvidas em nossas instituições. Ainda existem diversas dúvidas no meio acadêmico sobre quais pesquisas precisam ser protegidas, então, o treinamento foi muito esclarecedor por estas questões", afirmou.

A coordenadora do Grupo SisGen da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Belém, capital do Pará, Sheila de Souza, parabenizou a iniciativa da realização do evento e destacou que o sistema veio para agilizar o que antes era muito mais demorado. "Antes qualquer solicitação demorava de três a cinco meses para receber algum retorno, devido ao processo ser feito praticamente todo de forma manual. Agora a gente tem um sistema eletrônico que agiliza todo o procedimento, muitas vezes dentro de um mesmo cadastro se consegue resolver três situações", disse ela.

Ainda segundo a coordenadora, o treinamento é importante para a troca de experiências com outros participantes. "Durante a oficina nós podemos construir esse networking e conversar para saber como os outros estão utilizando esta ferramenta em suas pesquisas. Nós só temos que parabenizar a todos pela iniciativa de uma palestra que agrega tanto conhecimento", complementou. 

Representando a Escola de Enfermagem e Farmácia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), o professor Ticiano Gomes lembrou os riscos para quem não estiver devidamente cadastrado. "Quem não estiver cadastrado e não registrar suas pesquisas, fica irregular no sistema. Então, quem não fizer o registro pode ter que pagar uma multa  de até R$ 100 mil. O treinamento, além de nos tirar todas as dúvidas em relação ao uso do sistema, também serve para alertar aos riscos do não uso", alertou.

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