Traficante alagoano é flagrado pela polícia ostentando em praia do Rio de Janeiro; veja fotos

Publicado em 17/09/2024, às 18h25
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TNH1 com TV Pajuçara

Foragido da Justiça e apontado como líder de um facção criminosa que comanda o tráfico de drogas nas regiões da Cambona, Levada e Vila Brejal, em Maceió, o traficante alagoano José Emerson da Silva, conhecido como "Nem Catenga", que desde o ano de 2016 vive escondido no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, tem ostentado uma vida de luxo em praias do território fluminense. 

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Fotos obtidas pela Polícia Civil do RJ e divulgadas no primeiro episódio da série especial Territórios do Crime, da TV Pajuçara, mostram o traficante alagoano "desfrutando" do luxo e poder, ambos conquistados com o tráfico de drogas, em uma badalada praia de Angra dos Reis, no Litoral Sul fluminense. Nas fotos, o traficante aparece em uma lancha e também aproveitando a piscina de um hotel. 

Ainda de acordo com as investigações, Nem Catenga, que recentemente teria enviado um fuzil T4, da marca Taurus, do estado do Rio de Janeiro para a capital alagoana,  conquistou o respeito da cúpula do Comando Vermelho (CV), facção criminosa que domina o tráfico de drogas em diferentes regiões do país. Junto com a cúpula da facção, o traficante alagoano usava um espaço de lazer construído pelo tráfico de drogas dentro da comunidade carioca, que contava com piscina e área gourmet.

Em uma operação recente, as forças policiais do Estado do Rio de Janeiro teriam descoberto, dentro do Complexo do Alemão, o local onde Nem Catenga estava se escondendo. Na residência, a polícia encontrou uma cadeira de rodas para banho e uma grande quantidade de remédios. Para os agentes, o cenário encontrado na casa indicia que o traficante foi baleado em uma operação. 

"As entradas nessas comunidades são muito difíceis. Hoje, enfrentamos muitas barricadas que impedem a entrada dos veículos blindados. Muitas vezes, quando conseguimos chegar no endereço ou localidade onde vivem esses traficantes, eles já conseguiram escapar. Foi o caso da última investida, onde o Nem Catenga estava ferido. Conseguimos identificar isso pela estrutura que estava dentro da casa. Ele e a esposa conseguiram fugir do local antes da chegada da polícia", explicou o coronel Uirá do Nascimento, subsecretário de inteligência da PM-RJ, em entrevista à reportagem da TV Pajuçara.

A Polícia Civil de Alagoas informou que, atualmente, existem quatro mandados de prisão em desfavor de Nem Catenga. Os mandados, expedidos pela Justiça de Alagoas, incluem os crimes de homicídio, tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e organização criminosa. 

Quem é Nem Catenga

Conhecido como Nem Catenga, José Emerson da Silva, de 40 anos, é uma figura conhecida das forças de segurança do estado de Alagoas. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-AL), o criminoso possui cinco mandados de prisão em aberto e teria fugido para o Rio de Janeiro, onde estaria se escondendo e recebendo apoio da facção criminosa Comando Vermelho (CV). 

A primeira prisão de Nem Catenga aconteceu em 2008. À época, ele foi apontado como mandante de diversos homicídios e latrocínios, além de integrar, ao lado do pai, uma quadrilha liderada por Caetano, que é irmão dele. A polícia descobriu que a família de Nem Catenga havia montado uma estrutura criminosa organizada, que foi criada por José Júlio de Oliveira, o Zé Moreno, de 65  anos, pai de Nem e Caetano. O grupo ainda contava com outros subordinados. 

Um dos filhos de Zé Moreno, Adriano Oliveira dos Santos, vulgo "Caetano", foi considerado um dos mais articulados assaltantes de banco do estado. Com histórico de prisões em presídios federais, Adriano foi morto em uma operação das forças policiais de Alagoas, em março de 2016.  A ação também levou à prisão de 17 pessoas, todas apontadas como integrantes da quadrilha do traficante. As investigações apontaram que o bando de Adriano havia comercializado cerca de 500kg de maconha nos dois primeiros meses daquele ano.

Ainda em 2016, Nem Catenga, que estava preso quando o irmão foi morto, foi colocado em liberdade e, desde então, fugiu para a capital fluminense, onde estaria vivendo no Complexo do Alemão. A favela é comandada pela facção criminosa Comando Vermelho, que estaria dando apoio ao traficante alagoano.

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