Trabalhador do Nordeste compromete 72% de salário mínimo com refeição fora de casa

Publicado em 06/11/2023, às 09h38
Reprodução/Canva -

Agência Tatu

O trabalhador dos estados nordestinos paga, em média, R$ 43,55 reais por cada refeição fora de casa. O custo chega a R$ 958,1 por mês, o equivalente a 72% de um salário mínimo, que atualmente é de R$1.320. Apesar do Nordeste ter a segunda refeição fora de casa mais cara do país, foi a região que menos registrou aumento entre 2022 e 2023.

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A análise feita pela Agência Tatu levou em consideração os dados mais recente da pesquisa Preço Médio da Refeição Fora do Lar, realizada pela Mosaiclab há 20 anos e encomendada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT).

Entre as regiões do Brasil, o Nordeste tem a segunda refeição fora de casa mais cara, ficando atrás apenas da região Sudeste, e ficando acima também da média de todo país, que é de R$ 46,6, segundo o novo levantamento. 

A pesquisa também apontou que a refeição no Nordeste foi a que menos sofreu aumento entre 2022 e 2023, registrando 8,1% a mais que no ano passado. Nesse aspecto, o centro-oeste foi onde os trabalhadores mais sentiram o reajuste da refeição, um aumento médio de 22,1%. 

Natal tem a refeição 56% mais cara que Teresina

A variação no preço médio da refeição fora de casa entre as capitais nordestinas chega a atingir 56%. Enquanto Natal (RN) tem a refeição mais cara com a média de R$ 51,86, sendo também a 4ª refeição mais cara entre as capitais do Brasil, em Teresina (PI) o trabalhador paga em média R$ 33,22, a segunda mais barata do país. 

De acordo com a pesquisa, Maceió foi a capital do Nordeste que mais registrou aumento. O trabalhador maceioense paga 40,5% a mais pela refeição fora de casa em comparação a 2022. Na contramão, Aracaju registrou redução de 13,9%, a maior queda registrada entre todas as capitais do país. 

Pesquisa

Para chegar ao preço médio foi considerada uma refeição completa composta por: prato principal, bebida não alcóolica, sobremesa e café. No total, foram coletados 5.470 preços de pratos em todo o Brasil, em estabelecimentos que  servem refeições no horário do almoço, de segunda a sexta-feira.

Ricardo Contrera, sócio-diretor da Mosaiclab, destaca que a alta da taxa de juros influencia diretamente os preços nos restaurantes. "O aumento de preços das refeições é diferente de acordo com a realidade local. Vários fatores podem influenciar tais como hábitos de consumo, dos impostos, do frete, do clima e de outros indicadores”, afirma Contrera.

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