TJ-AL: após digitalização de 3 mil processos, papéis viraram história

Publicado em 19/07/2018, às 10h00

Redação

Banhada pelo Rio São Francisco, a histórica cidade de Porto Real do Colégio é uma das unidades judiciárias que já possuem 100% de seu acervo virtualizado. Durante os anos de 2014 e 2015, os mais de 3 mil processos da comarca foram digitalizados, restando hoje apenas papéis que contam algo do passado da cidade.

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Alan de Castro, chefe de secretaria da unidade, explicou que o único processo guardado de maneira física por eles, se refere a um inventário com data de 1885 da antiga província do Urubu - hoje Porto Real do Colégio - período em que o Brasil era Império.

O processo trata de uma relação de bens envolvendo escravos. Nele, além dos nomes, constam informações sobre a dentição dos servos. “Depois desse marco da digitalização a gente faz questão de guardar com muito carinho esse [processo]”, frisou.

Celeridade e economia

Para a juíza Fabíola Feijão, titular da unidade, a comarca sente diariamente os efeitos positivos da virtualização. “Definitivamente foi uma mudança que abreviou bastante o procedimento, o curso [dos processos], e a demora desse trâmite entre o cartório e o gabinete”, destacou.

A magistrada destacou ainda a contribuição que a medida dá à sociedade. “É importante frisar que com a digitalização dos processos houve uma considerável diminuição no custo de material de expediente, como papéis e impressões, e isso reforça o compromisso do Poder Judiciário com o desenvolvimento sustentável”, frisou.

Alan de Castro coordenou o trabalho de digitalização que durou quase um ano. “Durante esse período nós fomos digitalizando e trabalhando com os processos físicos e os digitais. Trabalhamos com o corpo [de servidores] que a gente tem aqui mesmo, sem hora extra, e contamos com a ajuda de todos, inclusive, dos oficiais de justiça”, explicou.

O advogado Fernando Maximiano também avalia a virtualização como positiva para sua atuação profissional. “Ela dá acesso pronto ao processo, a qualquer hora, em qualquer lugar. E a gente tem uma mobilidade muito maior de analisar os casos com mais calma, em casa, no escritório. A gente vem para as audiências bem mais preparados, porque não fica naquela maratona de buscar os processos nos fóruns e cartórios”, contou.   

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