Fifa
Em entrevista à FIFA neste domingo, véspera da partida contra a Suíça, o técnico Tite fez questão de prestar um depoimento em reverência aos dois desfalques da Seleção Brasileira, Neymar e Danilo. Os dois estão em tratamento intensivo para tratar lesões no tornozelo sofridas no jogo de estreia pela Copa do Mundo FIFA de 2022, no Qatar, contra a Sérvia. Ele foi questionado sobre como poderia contornar essas baixas. Antes de responder, porém, pediu a palavra para elogiar o esforço de ambos no gramado do Estádio Lusail.
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“Por serem dois jogadores integrados, com alma, eles permaneceram em campo mesmo estando lesionados. Isso tem um grau de sincronismo muito grande. Um senso de equipe muito forte”, afirmou.
No caso de Neymar, a contribuição foi fundamental. Afinal, já sentindo dores no tornozelo, o meia-atacante começou a jogada que resultou no primeiro gol de Richarlison, aos 17 minutos. Passaram-se ainda 11 minutos até o momento em que o centroavante ampliou a vantagem brasileira, com sua incrível acrobacia, e o camisa 10 ainda estava em campo.
“A capacidade de absorver e dar uma parcela de contribuição por saber que era importante foi algo muito grande, enquanto pessoa, não só como atleta. Enquanto caráter, conduta, espírito de equipe. Digno de elogio que fiz a ele particularmente e agora estou externando”, afirmou Tite.
Sobre Danilo, o treinador fez um mea culpa. O lateral sentiu a torção na segunda metade da etapa final e teve de ficar em campo, uma vez que as cinco substituições já haviam sido realizadas a 11 minutos do fim.
“Eu tenho de ter uma substituição a mais para o final do jogo, para uma eventualidade de lesão, e eu, como técnico, errei. Ele teve a grandeza, a moral de permanecer em campo, lesionado que estava e não saísse para evitar um possível prejuízo. Ele queria estar ali ajudando a equipe, para que tivéssemos o resultado. Tudo isso transcende o resultado, é o aspecto humano, que é fundamental.”
Tite só não quis dizer quais seriam os substitutos da dupla. Para a lateral-direita, as opções são Eder Militão e Daniel Alves. Para o meio-campo, os favoritos são Rodrygo e Fred.
“Eu, enquanto técnico, me dou ao direito da escolha, é uma prerrogativa. Agora, antes é uma obrigação treiná-los e respeitá-los de modo igual. Todos os atletas. Aqueles que foram escolhidos sabem disso, pois já estão há quatro anos ou mais, e sabem do respeito e da preparação para estarem nesse momento e dar o seu melhor para a equipe”, afirmou o treinador, que admitiu já ter a escalação definida em sua cabeça.
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