Polícia

Tiros na frente de criança: facção suspeitava que casal vítima de atentado era informante da polícia

| 17/07/24 - 13h07
Eduarda morreu na hora e a filha, de apenas 4 anos de idade, presenciou o crime | Foto: Foto: Cortesia ao TNH1

O casal Eduarda Samara Feitosa da Silva, de 34 anos, e Vitor Hugo Santos Costa, de 30 anos, vítimas de um atentado na noite dessa terça-feira (16), estava na mira de uma facção criminosa que suspeitava que os dois eram informantes da Polícia Militar, segundo informações repassadas à Polícia Civil (PC) e que estão sendo investigadas.

Eduarda e Vitor foram surpreendidos em casa, quando uma sequência de pelos menos 10 disparos de arma de fogo assustou a vizinhança, no Conjunto Novo Jardim, Cidade Universitária. A mulher morreu na hora e o homem foi socorrido em estado grave ao Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche da Barra, onde permanece em estado crítico no centro cirúrgico. Uma menina de 4 anos, filha das vítimas, presenciou tudo.

O casal era novo na vizinhança, mas a polícia apurou que essa é a terceira mudança nos últimos três meses. Para a delegada Tacyane Ribeiro, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), 'tudo leva a crer que as vítimas estavam se escondendo, fugindo'.

"Há uma informação de que o casal seria informante da Polícia Militar, e por conta disso, integrantes da facção Comando Vermelho queriam ceifar a vida deles e estavam à procura deles há, mais ou menos, três meses. Essa informação de que integrantes queriam ceifar a vida deles pode sim ter procedência", disse a delegada.

Com relação à briga entre o casal, relatada por uma vizinha, a delegada disse que não há elementos suficientes que apontem que os tiros tenham sido efetuadas em discussão dos dois. Nenhuma arma foi encontrada na residência.

Segundo a delegada, Eduarda e Vitor já tinham sido presos. "O casal tem passagem pelo sistema prisional. Ela por tráfico de drogas, em 2017, enquanto ele pelos crimes de roubo, tentativa de homicídio e tráfico de drogas'..

Quem souber de informações relevantes que possam ajudar na investigação pode entrar em contato no 181, o Disque Denúncia. O sigilo é assegurado pela polícia.