Testemunha se cala em júri e responde por falso depoimento

Publicado em 16/03/2016, às 16h13

Redação

Durante julgamento dos acusados no assassinato da jovem Amanda Celeste da Conceição Assis, em 2011, no bairro da Santa Lúcia, em Maceió, Nayara da Silva, testemunha do processo, preferiu se manter calada durante depoimento e será julgada por um novo crime, o de falso testemunho, por não ter contribuído com a justiça.

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Nayara da Silva já é ré em outro processo por ter envolvimento junto com Vanessa Ingrid na morte da grávida Franciellen Rocha, encontrada carbonizada no dia 14 de fevereiro de 2013, no bairro da Serraria, em Maceió. 

O julgamento acontece na 9ª Vara do Fórum da Capital e é presidido pelo juíz Helestron Silva da Costa, que imediatamente lavrou um auto por falso testemunho e avisou à Nayara da Silva que ela  pode ser condenada por até quatro anos de prisão.

Vanessa Ingrid de Souza e Orlando Francisco Cavalcante sentam no banco dos réus.

Com o questionamento do promotor Flávio Gomes da Costa, perguntando se a Amanda Celeste era ameaçada por Vanessa Ingrid da Luz Souza, ré no processo, Nayara se manteve em silêncio. Em depoimento anterior, Nayara acusa Vanessa de ter sido mandante do assassinato.

A mãe da vítima, Josefa Conceição, afirmou que Vanessa Ingrid era garota de programa e que sempre alertava a filha sobre a amizade.

“Eu sempre avisava a minha filha sobre a amizade com Vanessa, era tudo muito estranho para mim. Vanessa frequentava a nossa casa e chegou a dormir no nosso sofá. Ela era garota de programa”, disse a mãe da vítima.

Assista trecho de vídeo que mostra o silêncio de Nayara da Silva durante questionamento do promotor Flávio Gomes da Costa

O caso

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), a vítima teria sido executada a tiros, por vingança, em razão de envolvimento afetivo com o ex-namorado de Vanessa Ingrid, Genilson dos Santos. A acusada é apontada como autora intelectual do crime e Orlando Francisco como executor dos disparos.

Caso Franciellen

Vanessa Ingrid também responde pela morte da jovem Franciellen Araújo Rocha, ocorrida em fevereiro de 2013, no bairro Serraria, na Capital. Segundo o MP/AL, a acusada teria encomendado o assassinato da vítima pelo mesmo motivo que a levou, supostamente, a planejar o  homicídio de Amanda Celeste.

Ainda conforme o órgão ministerial, Franciellen Rocha teria sido torturada por várias pessoas durante horas, teve os cabelos cortados e as sobrancelhas raspadas, sofreu queimaduras de cigarro e, em seguida, foi levada para um local onde foi queimada viva.

O processo, conduzido pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim, tramita na  9ª Vara Criminal da Capital.

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