Teste de integridade das urnas é realizado em Maceió; juiz explica como funciona

Publicado em 02/10/2022, às 09h09
Itaciara Albuquerque / TNH1 -

Teresa Cristina e Paulo Victor Malta

Enquanto a eleição acontece normalmente desde às 8h deste domingo, 2, órgãos de fiscalização acompanham a auditoria e o teste de integridade das urnas eletrônicas junto ao Tribunal Regional do Estado de Alagoas em dois pontos de Maceió. 

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Em entrevista ao TNH1, o juiz eleitoral Hélio Pinheiro, diretor da escola judiciária eleitoral, explicou a importância do teste e como funciona o processo de auditoria das urnas. 

"O teste de integridade é para verificar o bom funcionamento da urna eletrônica, isso em condições normais de uso. Porque essas urnas que estão aqui, seriam urnas utilizadas nas seções eleitorais pelo estado. As sorteamos ontem, trouxemos para cá, e nas seções de onde elas saíram, substituímos por urnas de contingências. É importante frisar que são urnas que seriam usadas na eleição real e estão sendo na votação paralela", ressaltou. 

"Como funciona esse teste? A gente pegou urnas reais, alimentadas com as listas oficiais dos eleitores e dos candidatos, preenchemos previamente nas escolas com estudantes as cédulas de papel com candidatos, de preferência daqueles que pegaram as cédulas. Fizemos essa simulação, as pessoas já preencheram essas cédulas com os nomes dos seus candidatos preferidos e hoje vamos inserir essa votação de cédulas na urna eletrônica. E, às 17h, fazer uma correspondência e verificar se a votação que foi consignada nas cédulas de papel corresponde à votação eletrônica. Havendo a correspondência, é uma prova cabal de que a urna eletrônica funciona bem, é íntegra e segura, portanto, não há nenhuma possibilidade de alteração de resultado, porque a gente simplesmente inseriu essa votação física de papel na urna eletrônica e tem que haver a coincidência", detalhou o juiz.


Foto: Itaciara Albuquerque / TNH1

Juiz destaca que urnas são seguras e utilizadas há mais de 20 anos - Estão sendo feitas duas auditorias na capital alagoana. Uma na sede da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Alagoas, em Jacarecica, e outra no Centro Universitário Unit, em Cruz das Almas. 

"Importantíssimo. Neste teste de auditoria, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aumentou um grau na transparência e rigidez do processo eletrônico. São as duas urnas que também estão sendo auditadas na Unit. É esse mesmo sistema, com uma única diferença: se vocês verificarem, neste sistema quem habilita a urna eletrônica são os nossos servidores que estão aqui. No da Unit, e aí é inédito para as eleições brasileiras, quem vai habilitar a urna eletrônica é o próprio eleitor com a biometria. Ou seja, a liberação da urna para receber os votos de cédula será feita pelos eleitores reais na Unit. O que eleva ainda mais o grau de transparência das nossas urnas eletrônicas, que é bom frisar, existem há 26 anos, colhendo votos de milhões de brasileiros espalhados por mais de 5.500 municípios. E até hoje, nessas quase três décadas, não houve comprovação de uma única fraude sequer", afirmou o juiz Hélio Pinheiro. 


Foto: Itaciara Albuquerque / TNH1

"Tem várias entidades fiscalizadoras. Aqui são os nossos servidores, mas também temos o exército, que está acompanhando fortemente, isso é uma grande alegria para nós, porque nos dá certa tranquilidade de que esses órgãos que são tão importantes para o Brasil estão preocupados com nossa democracia. Temos o Ministério Público. Temos auditoria externa, são 10 auditores externos contratados pelo TSE. O Tribunal de Contas da União também está presente, além de representantes de partidos e coligações partidárias. Portanto, é um procedimento, uma auditoria altamente fiscalizada e acompanhada por várias entidades externas que estão interessadas em verificar o funcionamento da nossa urna eletrônica", concluiu Pinheiro. 


Foto: Itaciara Albuquerque / TNH1

Procurador eleitoral representando o Ministério Público Federal, Marcelo Lobo também assegurou a confiabilidade da urna eletrônica. "Na verdade, esse procedimento vem sendo feito há 24 anos. E a cada nova eleição se comprova a idoneidade e a segurança das urnas. Algo que vem sempre sendo renovado. O MPF está atuando tanto aqui como na UNIT. São duas formas de auditoria. E também temos um colega nosso diretamente no TRE".

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