Suspeita de matar sargento da PM é indiciada por homicídio qualificado

A delegada Tacyane Ribeiro, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), indiciou Josefa Cícera Nunes Flores, suspeita de matar o próprio companheiro, o sargento da Polícia Militar de Alagoas, Alessandro Fábio da Silva, crime ocorrido na noite do último dia 23 de março, em um condomínio do bairro Cidade Universitária. De acordo com a delegada, Josefa Cícera vai responder pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe, no caso “ciúme”.

“O laudo cadavérico apontou que o tiro que matou o sargento foi disparado a distância, o que contraria a versão de Josefa, que alegou em seu depoimento que havia entrado em luta corporal e que arma havia disparado junto ao corpo do militar”, disse a delegada, ao informar que o inquérito foi concluído e remetido à Justiça.

Ainda de acordo com a delegada, as investigações e depoimentos colhidos mostraram que Josefa Cícera, que teve a prisão preventiva decretada no dia do crime, é uma pessoa sem equilíbrio emocional. “Ela era muito possessiva e chegava a perseguir o companheiro no trabalho. No ano de 2020, ela chegou a disparar 12 tiros contra o carro do ex-marido, com a mulher dele e o filho pequeno dentro”, disse a  delegada Tacyane Ribeiro.

O caso - De acordo com informações da Polícia Militar, ao chegar no condomínio, a guarnição foi informada pelos porteiros que disparos de arma de fogo foram registrados em uma residência e que a vítima havia sido socorrida. O sargento e a esposa foram localizados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Cidade Universitária.

Segundo a polícia, inicialmente, a mulher disse que a morte foi ocasionada por um acidente e que casal estava brincando de um “jogo” conhecido como “Roleta Russa”, mas ao ser questionada pelo fato da arma usada no crime ser uma pistola, a suspeita relatou que os disparos foram efetuados após ser agredida pelo marido.

Na residência do casal foram apreendidos uma pistola Taurus / 938, uma pistola Glock. 40 e três carregadores. As armas apreendidas, conforme informou a PM, não tinham registro.