STF julga habeas corpus que pode livrar Lula da prisão

Publicado em 22/03/2018, às 14h59

Redação


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O Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta tarde o pedido de habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A intenção da defesa é que ele responda em liberdade até o esgotamento de seus recursos em todas as instâncias no caso do tríplex do Guarujá (SP) na Lava Jato.

Acompanhe:

O entendimento do STF, até agora, é de autorizar a prisão após o esgotamento dos recursos assim que a sentença é confirmada na segunda instância, baseado na premissa de que tanto o STF quanto o Superior Tribunal de Justiça (STJ) só analisam os aspectos jurídicos da sentença, e não o mérito da decisão em si.

No habeas corpus protocolado no STF, a defesa do ex-presidente discorda do entendimento da Corte por entender que a questão é inconstitucional.

“Rever esse posicionamento não apequena nossa Suprema Corte – ao contrário – a engrandece, pois, nos momentos de crise é que devem ser fortalecidos os parâmetros, os princípios e os valores”, argumentam os advogados.

Antes de entrar no mérito do habeas corpus de Lula, no entanto, os ministros vão terminar de julgar a pauta do dia anterior, sobre a permissão de “doações ocultas” para candidatos nas eleições. A maioria dos ministros se pronunciou contrariamente. Acompanhe

TRF4

Na próxima segunda-feira (26), o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, deve julgar os chamados embargos de declaração, recursos que pretendem esclarecer omissões, obscuridades ou contradições no acórdão, a sentença que aumentou a pena do ex-presidente Lula para 12 anos e um mês de prisão.

Os embargos serão julgados pela 8ª turma do tribunal, composta pelos desembargadores Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Laus.

Ao aumentar a pena de Lula, inicialmente estabelecida pelo juiz federal Sérgio Moro, da 13º Vara Federal em Curitiba, em nove anos, os desembargadores tomaram a decisão por unanimidade.

Se os embargos forem rejeitados na sessão da próxima segunda-feira, o processo será enviado de volta para Moro, que será responsável pela emissão do mandado de prisão. Se forem aceitos, caberá mais recursos e a pena não poderá ser executada.

A sessão do tribunal está marcada para as 13h, na sede do TRF 4, na capital gaúcha.


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