Situação curiosa: "Dormindo com o inimigo"

Publicado em 11/01/2025, às 18h00

Flávio Gomes de Barros

Portal "O Antagonista":

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"Levantamento feito pela Universidade de São Paulo (USP) revela que nos dois primeiros anos do governo Lula partidos de oposição como o PL, Republicanos e PP contribuíram com 34% dos votos a favor de propostas encaminhadas pelo Palácio do Planalto.

Os dados reforçam padrão identificado em pesquisa exclusiva da USP, que mostra como os presidentes brasileiros, ao longo da história, têm dependido cada vez mais de coalizões informais — apoios vindos de fora da base governista — para viabilizar a aprovação de pautas cruciais no Congresso Nacional”, informa o jornal.

“O levantamento, realizado entre janeiro de 2023 e dezembro de 2024, definiu como partidos da coalizão presidencial as siglas que se declaram governistas ou possuem ministérios no governo desde o início do mandato de Lula III”, esclarece o Estadão.

Segundo o levantamento, em média o PP de Arthur Lira seguiu a orientação do governo em 10% das votações Já o Republicanos de Tarcísio de Freitas seguiu a orientação partidária em 9% dos casos e o PL em 8,5% dos casos.

“Em seguida, aparecem o Podemos (2,5%), PSDB (2,5%), Cidadania (1%) e Novo (1%). Siglas cujos parlamentares não atingiram o número mínimo de participações em votações nominais para o cálculo do índice de governismo, como PTB, PSC, Pros e Patriota, não foram consideradas”, esclareceu o jornal.

A falta de uma base aliada no Congresso é um dos grandes gargalos da administração Lula III. Por essa razão, o presidente da República pretende fazer uma ampla reforma ministerial para tentar contemplar esses partidos considerados de oposição para tentar atraí-los para a base governista.

A questão é que nem mesmo os integrantes da base como MDB e União Brasil são 100% fiéis ao governo. Essas siglas já impuseram várias derrotas ao Poder Executivo ao longo de dois anos dessa terceira administração Lula."

 
 
 
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