Redação
‘Um caos’. Esta foi a definição dada pelo diretor do Instituto Médico Legal (IML), Fernando de Paula, ao sistema de identificação e sepultamento de corpos, durante reunião sobre a situação de superlotação no cemitério Divina Pastora, localizado no bairro do Rio Novo.
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De acordo com Fernando, até mesmo as geladeiras do IML estão sendo utilizadas de forma indevida. “Até agora temos conseguido os locais para desafogar o sistema, que está um caos. Estamos colocando até dois corpos por geladeira. Conseguimos agora liberar quinze corpos para serem enterrados em Arapiraca, mas a cidade não tem obrigação para isso, é uma parceria”, disse o diretor do IML. Para ele, a solução seria a construção de um novo cemitério.
O superintendente municipal de Controle e Convívio Urbano, Reinaldo Braga, também reconheceu a situação delicada, mas afirmou que não há possibilidade de construção de um novo cemitério. “Estamos em crise, e o Município não tem recursos para construir outro cemitério. Para resolver o problema, construímos de forma paliativa 2064 ossários no Cemitério São José”, disse Braga. “O Estado e a Prefeitura estão conversando, junto com o Ministério Público, para resolver esse problema que vem se agravando há quarenta anos e veio estourar agora, completou.
A reunião foi coordenada pelo promotor de justiça Flávio Costa que reconheceu a precariedade em que estão os cemitérios públicos de Maceió. "Uma coisa é certa, não podemos continuar como está. O caos está instalado. Estamos sentados aqui para resolver essas irregularidades. O município tem que propor uma solução, ao MPE cabe acompanhar como fiscal da lei", disse o representante do Ministério Público do Estado.
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