Sindicatos de trabalhadores defendem permanência da Braskem e cobram solução para o Pinheiro

Publicado em 10/10/2019, às 18h28
-

Ascom Sistema Fiea

Lideranças dos trabalhadores do setor metalúrgico, da Cadeia da Química e do Plástico e terceirizados, solicitaram e, sob intermediação da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), se reuniram com representantes do governo e da Prefeitura de Maceió, para defender a permanência da Braskem em Alagoas.

LEIA TAMBÉM

Durante a reunião, realizada na manhã dessa quinta-feira, 10, na Casa da Indústria, sede da Fiea, dirigentes do Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Químicos, Petroquímicos, Fertilizantes e Plásticos dos Estados de Alagoas e Sergipe (Sindpetro AL/SE), e do Sindicato dos Metalúrgicos de Alagoas (Sindimetal), apresentaram três pontos que consideram fundamentais nas discussões sobre o chamado caso Pinheiro.

“Pedimos essa reunião com os representantes do governo e da prefeitura, para defender as posições que julgamos essenciais”, disse o presidente do Sindimetal, Jobson Ferreira Torres. Lembrando que a indústria Braskem garante cerca de 15 mil empregos, o representante dos trabalhadores declarou que todas as discussões sobre a problemática deve considerar como prioridade a permanência da empresa no Estado.

Ao mesmo tempo, diante dos representantes do governador Renan Filho e do prefeito Rui Palmeira, Jobson Torres ressaltou que, além da permanência da Braskem, os poderes públicos e os demais envolvidos nos debates sobre soluções para os problemas que resultaram na suspensão das atividades de mineração em Maceió, devem priorizar os interesses dos moradores do Pinheiro, Bebedouro e Mutange, áreas atingidas por fenômenos geológicos supostamente causados pela exploração de sal-gema.

Já o dirigente do Sindpetro AL/SE, Ronaldo de Souza, disse que, além de assegurar um número expressivo de empregos, beneficiando trabalhadores das mais diversas empresas que orbitam em torno dessa indústria, a Braskem garante uma receita tributária decisiva para manter empregos em diversas outras áreas da economia alagoana.

“Nosso objetivo é que a Braskem crie as condições para se manter atuando de forma segura, garantindo o emprego de milhares de trabalhadores, e os direitos dos moradores do Pinheiro e demais bairros afetados”, declarou ele, apresentando a terceira reivindicação dos sindicatos.

Segundo Souza, os trabalhadores reivindicam ainda participação na comissão criada na Câmara dos Deputados para acompanhar a situação do Pinheiro. “Nossa participação nessa comissão é importante, já que qualquer decisão acerca da Braskem nos afeta diretamente”, argumentou o representante dos trabalhadores.

No último dia 4, o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, assinou portaria criando a Comissão Externa do Pinheiro, atendendo ao pedido do deputado federal João Henrique Caldas, de Alagoas.

Atento à argumentação dos petroquímicos e metalúrgicos, o presidente da Fiea, José Carlos Lyra de Andrade, voltou a defender todos os esforços pelo reinício das atividades da Braskem, suspensas desde maio último. “Essa é uma indústria fundamental para a economia alagoana. A empresa deve permanecer aqui. Ao mesmo tempo, temos que resolver os problemas dos moradores atingidos”, reafirmou o líder empresarial.

O presidente da Fiea tem intermediado sucessivas reuniões entre representantes da Braskem, do governo e da prefeitura, de modo a que se encontre soluções consensuais, onde sejam atendidos os interesses econômicos e sociais, e o interesse público.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Complexo administrativo de Maceió é leiloado; investimento previsto é de R$200 milhões Confira a programação do Verão Massayó neste sábado (18) Veja horários da visitação gratuita aos navios da Marinha do Brasil no Porto de Maceió Polícia Científica faz exames para descobrir causas do incêndio em hotel na Pajuçara