Seu filho vai fazer Enem neste ano? Saiba como ajudá-lo!

Publicado em 24/01/2017, às 08h29

Redação

Comemorar a entrada de um filho na universidade é motivo de muito orgulho para os pais. Mas a época de preparação para o vestibular não é, nem de longe, um momento tranquilo. Os estudantes ficam ansiosos e nervosos com o desempenho e, por outro lado, os pais se afligem sem saber como ajudá-los nessa etapa tão decisiva.

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De acordo com a psicóloga Samyra Rebêlo, do Pré-Vestibular Contato, o diálogo entre pais e filhos é o fator mais importante neste momento. “A base sempre vai ser o diálogo. Os pais precisam investir nessa questão porque a adolescência é um momento em que os filhos se afastam, deixam de ter como referência as figuras paternas e passam ter um grupo de pessoas iguais a eles e da mesma faixa etária. Nessa fase eles não escutam tanto os pais e se fecham, criam muitas situações na cabeça deles, muitas dúvidas. É um momento de mudanças, são mais responsabilidades, matérias para estudar e coisas para eles darem conta”, explica.

Além das mudanças emocionais, há também as mudanças corporais e de interesse, típicas da adolescência. Para isso, o acompanhamento do desenvolvimento dos filhos, desde o início do período escolar, deve ser considerado para que os filhos passem por essa etapa com tranquilidade. “É interessante que os pais acompanhem o desenvolvimento escolar. Vejam como o filho está na escola, seu desempenho, sua socialização. Quando o aluno tem o desenvolvimento tranquilo ele vai conseguir também ter um rendimento satisfatório”, destaca Samyra.

Pressionar não é a solução

A psicóloga salienta que a pressão dos pais nos filhos não é algo bom em nenhuma fase de preparação de estudo. “Como é um momento de mudanças, os adolescentes sentem mais o peso das cobranças, pelo rendimento, responsabilidade com os estudos e escolha da profissão. É interessante não pressionar por boas notas, mas incentivá-los. Quando existe o diálogo e o acompanhamento desde o início, até mesmo no momento em que eles se fecham, os pais conseguem conversar e orientar”, pontua.

“O diálogo vai fazer com que eles percebam que tem aliados, que podem contar com os pais para dividir as angústias e dificuldades, pois muitas vezes eles escondem o que estão passando. Isso ajuda a diminuir a pressão com relação ao que eles estão sentindo”, complementa.

Escolha da profissão

Samyra enfatiza que o diálogo sobre a escolha da profissão é outro ponto importante nessa etapa de preparação para os vestibulares. Ela esclarece que esse processo pode ser dificultado quando os pais determinam as carreiras que os filhos devem seguir. Para a psicóloga, é importante estar sempre ao lado e deixar que o adolescente expresse suas ideias e desejos. A partir disso, os pais podem iniciar conversas que o ajudem.

“Quando há uma boa relação entre pais e filhos, os adolescentes procuram os pais para esclarecer dúvidas das profissões que lhe interessam. Se os pais souberem é ótimo, se não, é interessante procurar um profissional que saiba orientar com clareza e passar informações confiáveis, para que o estudante tenha uma real noção de como essa profissão está no mercado de trabalho atualmente. Não oriento falar o que acha ou o que ouviu dizer. É importante dar informações seguras para que eles tenham condições de escolher”, frisa.

Se mesmo com o diálogo em casa, o filho não conseguir decidir qual profissão quer seguir, a psicóloga indica o processo de orientação vocacional. “Alguns conseguem escolher a profissão com base nas informações que pesquisou, com o diálogo em casa, com os desejos que eles têm, do que eles gostam mais etc. Outros têm mais dificuldades. A orientação vocacional com um psicólogo vai ajudá-los a lidar com uma série de questões que vão despertar o interesse, conhecimento sobre a profissão e o mercado de trabalho e avaliar as aptidões. Assim, o aluno terá um campo mais seguro para se decidir”, finalizou.


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