Sesc comemora 20 anos do Sonora Brasil no Teatro Deodoro

Publicado em 03/05/2018, às 16h56

Redação

Voz lírica, peças musicais raras, instrumentos antigos, músicos mestres, arquitetura neoclássica e ambiente repleto de emoção formaram a composição singular do grande Concerto Musical desta quarta (2), no Teatro Deodoro, realizado pelo Sesc para celebrar os 20 anos do Projeto Sonora Brasil.

LEIA TAMBÉM

Aberto ao público, a comemoração contou com a presença do Diretor Regional do Sesc Alagoas, Willys de Albuquerque, do Diretor Geral do Sesc (RJ), Carlos Artexes, o gerente de Cultura do Sesc (RJ), Gilberto Figueiredo, a gerente de Educação, Assistência e Cultura do Sesc Alagoas, Patrícia Nemézio, o coordenador de Cultura do Sesc, também de Alagoas, Fabrício Barros, além de técnicos culturais do Sesc de todo o país, artistas e público em geral.

O Concerto foi representado com muita singularidade, trazendo para os alagoanos, na mesma data e cidade, o mesmo grupo Quadro Cervantes que tocou no lançamento do projeto em 1998, em Maceió/AL. Com uma nova formação, a sonoridade da voz de Marília Vargas estarreceu a plateia, além da inegável qualidade artísticas de Nícolas Barros, Mário Orlando e Pedro Novaes, encantando o público ao executarem peças antigas com cópias fiéis de instrumentos das famílias de canto, sopro, percussão, cordas dedilhadas e cordas friccionadas. “O projeto tem que continuar porque seu trabalho é muito importante. Nós desejamos vida longa ao Sonora Brasil”, falou o músico Nícolas.

O Diretor Regional, Willys de Albuquerque compartilhou sua satisfação em comemorar as duas décadas do projeto no estado de Alagoas. “Hoje está sendo mais uma data marcante para os alagoanos, e, principalmente para o Sesc, porque estamos comemorando uma sólida trajetória de 20 anos do projeto Sonora Brasil. Trazer música de qualidade e apresenta-la para cidades que nunca receberam um concerto, comprova nosso compromisso social”, concluiu o Diretor.

Atualmente, o projeto Sonora Brasil é reconhecido como a maior iniciativa brasileira de circulação musical, uma ação cultural que, para o Diretor Geral, Artexes, fortalece a criação do ser como indivíduo social. “ O Sesc hoje é uma das maiores instituições sociais do Brasil. Na sua história, colocou a arte, a cultura numa posição muita estratégica para a Instituição, pela importância que tem socialmente. Porque a música é considerada uma linguagem universal e reflete muito bem essa ideia do bem-estar. Ela traz, não só as emoções, mas um significado para o ser humano, conta a história das civilizações, a música é atemporal. Ela se coloca numa posição muito importante para com a proposta do Sesc ao promover a democratização da arte. A Instituição tem essa característica de preservar, respeitar a diversidade, sem preconceitos. Reconhecer as tradições, apontar para o futuro é fundamental, e a música é capaz de fazer isto. O Sesc, na sua finalidade maior que é promover aos trabalhadores o bem-estar, uma vida cada vez melhor, entende que a arte é uma parte essencial para o desenvolvimento de uma sociedade. Estamos muito felizes com esse momento, e pretendemos comemorar 40 anos de Sonora Brasil”, reafirmou Artexes.

Com duas décadas, o Sonora já promoveu a circulação de 85 grupos, 481 músicos em mais de 150 cidades por todo país, tendo mais de 600 mil expectadores presenciando concertos temáticos históricos da música no Brasil. Números estes que, para o gerente Geral de Cultura, Gilberto, não demostram a verdadeira precursão do Projeto. “É uma emoção muito grande fazer parte desse projeto, por conta da importância que tem para o país. É uma ação grandiosa, mas grandiosa no seu alcance, não porque trabalhe com grandes plateias, como acontece com o mercado da música. O Sonora Brasil é grandioso porque se espalha pelo país, atende uma parcela da população que tem muito pouco acesso à cultura, que não é atendida, de um modo geral, pelas políticas públicas da área de cultura. O Sesc acaba cumprindo muito bem esse papel de poder promover essa descentralização”, conclui o gerente de cultura.

No final do Concerto, o Teatro foi dominado por palmas da plateia, comprovando o sucesso da ação, e logo foi convidada para desfrutar do coquetel, oferecido pelo Sesc.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Chantal Frazão lança No Lugar do Morto Fundação Cultural realiza apresentações de grupos afro na Feirinha da Pajuçara Alagoas é cenário de filme que contará a história da sanfona de oito baixos Associação Joana Gajuru apresenta espetáculo com entrada gratuita