Sesau: erro em sistema é provável causa de números equivocados na vacinação infantil

Publicado em 19/01/2022, às 19h22
Imagem de arquivo | Reprodução/TV Pajuçara -

TNH1 com TV Pajuçara

O secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, afirmou que erros no abastecimento do sistema de vacinação são a provável causa do número de 305 crianças e adolescentes alagoanos que supostamente teriam sido imunizados com vacinas diferentes da recomendada e em período anterior ao autorizado, de acordo com dados da Advocacia-Geral da União. 

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Em entrevista ao vivo no programa Cidade Alerta, da TV Pajuçara, na noite desta quarta-feira, 19, Ayres disse que foi pego de surpresa com os dados divulgados pela Rede Nacional de Dados da Saúde. O secretário afirmou que já providenciou o levantamento junto aos técnicos da Sesau e explicou que há várias possibilidades de o erro ter acontecido por inconsistência no sistema. Como exemplo, citou uma recém-nascida alagoana que está com registro de vacinação contra Covid-19 em Alagoas e outros dois estados. Além da faixa etária da bebê ainda não ter autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para receber a vacina, Ayres ressaltou que o nome da criança apareceu nos sistemas de outros estados que nada têm a ver com Alagoas, o que mostra os erros de registro no sistema.  

O secretário apontou que é possível ter acontecido falha humana no abastecimento dos dados de vacinação, que técnicos de saúde podem ter assinalado por engano que crianças teriam tomado a vacina de Covid-19, quando na verdade haviam recebido vacinas tradicionalmente aplicadas, como a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba). O erro, no caso, seria apenas no preenchimento do sistema. É improvável que as crianças tenham realmente tomado a vacina contra Covid.   

Alexandre Ayres não descartou que esses números possam ter sido embaralhados equivocadamente após o ataque hacker que o Sistema de Saúde brasileiro sofreu no final do ano passado. 

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu 48h para os estados explicarem esses números inconsistentes. O secretário estadual de Saúde afirmou que o levantamento já está sendo providenciado pelos técnicos em Alagoas e será encaminhado para Brasília. Ayres aproveitou a oportunidade para reforçar a importância da vacinação no público infantil e alertar para que os pais fiquem atentos na dose específica da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos. Ele também avisou que a população adulta alagoana precisa tomar a terceira dose, chamada de dose reforço. 

A entrevista na íntegra será disponibilizada na página da TV Pajuçara no Facebook.

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