Folha de Pernambuco
Após um discurso acalorado do assistente de acusação Cláudio Cumaru, e do promotor do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) André Rabelo, na noite de sexta-feira (14), a sessão do julgamento dos “canibais de Garanhuns” foi suspensa, devido ao horário. Ela será retomada na manhã deste sábado (15), quando o conselho de sentença, formado por cinco homens e duas mulheres, decidirá por condenar ou absolver os três réus pelo assassinato de Gisele Helena da Silva, 31 anos, e Alexandra da Silva Falcão, 20 anos, respectivamente em fevereiro e março de 2012, em Garanhuns.
Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Pires da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva, além de serem acusados por duplo homicídio triplamente qualificado, também respondem pelos crimes de ocultação e vilipêndio de cadáver e furto qualificado. Jorge Beltrão e Bruna Cristina respondem ainda por estelionato, por terem utilizado documentos e cartões de Gisele Helena. A ré Bruna Cristina Oliveira da Silva será julgada também pelo crime de falsa identidade.
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Na manhã da sexta, a sessão começou perto das 10h, com o interrogatório de Jorge. Ele alegou ter sido atraído por Bruna e a responsabilizou, assim como Isabel, pelos crimes, chamando-as de “bruxas”. Após um intervalo para o almoço, foi a vez de Isabel e Bruna serem interrogadas. Elas disseram que sofreram coação moral irresistível, que afasta a culpabilidade, e acusaram apenas Jorge.
A defesa dele, alega que ele sofre de esquizofrenia paranoide, o que o isentaria da culpa por se tratar de uma doença mental. Para a promotoria, todos tiveram responsabilidade e estavam conscientes dos atos. A acusação apresentou laudos periciais, assim como o diário de Jorge que relata os crimes com detalhes.
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