Senar Alagoas atende 300 produtores na primeira fase do Programa Agronordeste

Publicado em 15/07/2020, às 08h43
Assessoria Senar -

Assessoria Senar

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – já atendeu 300 produtores rurais na primeira etapa do Programa Agronordeste. Conduzido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa –, com o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA –, entre outras instituições, o programa tem o objetivo de impulsionar o desenvolvimento econômico e social sustentável do meio rural na região Nordeste. 

LEIA TAMBÉM

O Agronordeste foi lançado no último mês de outubro e é voltado para pequenos e médios produtores que já comercializam parte de sua produção, mas ainda encontram dificuldades para expandir o negócio e gerar mais renda e emprego na região onde vivem. Os 300 produtores atendidos pelos técnicos de campo programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG – do Senar Alagoas, nesta primeira fase do programa, estão em seis municípios: Estrela de Alagoas, Jaramataia, Olho D’Água das Flores, Major Izidoro, Delmiro Gouveia e Água Branca. O plano de ação tem duração de dois anos, com a meta de atingir positivamente 1.157 propriedades no estado. 

Os técnicos de campo do Senar encontraram diversos problemas nas propriedades rurais, como pragas e doenças que estavam dizimando hortas na cidade de Olho D’água das Flores. “Alguns produtores tinham perdido praticamente 100% da produção. Com o auxílio dos técnicos, utilizando métodos simples, como armadilhas de casca de ovos, 60% da produção foi recuperada em um período de 20 dias”, observa a coordenadora de ATeG do Senar Alagoas, Luana Torres. 

Já no município de Delmiro Gouveia, o principal problema era o baixo desenvolvimento das mudas, que, após três meses de trabalho intensivo dos técnicos de campo, começaram a se desenvolver de forma saudável. “Ter um técnico que possa tirar dúvidas do produtor rural e dar sugestões sobre sua propriedade e as atividades que ele desenvolve é a melhor coisa já aconteceu. Muitos produtores estão se sentindo mais seguros agora para produzir, aumentar e diversificar a produção”, avalia Sidney Rocha, supervisor de Assistência Técnica e Gerencial do Senar AL.

Avicultura e bovinocultura

A mudança no manejo das aves de postura também foi importante para que o valor nutricional dos ovos aumentasse. A reforma e limpeza dos galinheiros, detecção de aves com coriza, implementação de protocolos de vacinação e a aquisição de novas aves foram ações adotadas pelos produtores após o início das visitas e orientações dadas pelos técnicos de campo do Senar Alagoas.
 
O Programa Agronordeste também registra avanços para a bovinocultura de leite. “O cenário encontrado era a ausência de manejo sanitário, de linha de ordenha, de dados zootécnicos, de informações sobre custos de produção e algumas outras deficiências. Hoje, a realidade dessas propriedades é completamente diferente. Sistemas de ordenha, planejamento forrageiro, organização da dieta dos animais foram metodologias implementadas; testes para detectar mastite são aplicados nos animais e protocolos de sanidade animal fazem parte do manejo”, ressalta Luana Torres.

As anotações diárias em tabelas com indicadores de atividade e a coleta de indicadores técnicos são a estratégia para suprir a carência de dados existentes. Os dados coletados referem-se ao preço do leite, peso dos animais, porcentagem de sobras da alimentação do rebanho, venda ou compra de animais, entre outros indicadores. 

Pandemia

As dificuldades enfrentadas por produtores e técnicos de campo no início do processo, em virtude da pandemia de covid-19, foram solucionadas com o uso de máscaras, álcool em gel, luvas e respeitando-se o distanciamento social. “Tomamos muitos cuidados. Quando algum técnico está com sintomas ou dificuldade de realizar o atendimento presencial, ele é realizado de forma virtual”, diz Sidney Rocha. 

Para Luana Torres, os resultados alcançados já eram esperados no planejamento do programa, devido à competência, responsabilidade e compromisso de todos os envolvidos. “Os técnicos realizam atendimentos de forma personalizada, pois as propriedades assistidas possuem realidades diferentes. Outro fator importante foi a parceria dos municípios, houve a mobilização de algumas secretarias municipais de agricultura”, pontua a coordenadora de ATeG do Senar Alagoas.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Jogadora da Seleção Brasileira lamenta morte de irmão em acidente em AL: “estou destruída” “Não é minha família”, diz Carlinhos Maia após cunhado ser alvo de operação policial Drones auxiliam na localização de crianças perdidas em praias de Alagoas Disque 100 registrou mais de 37 mil violações de direitos humanos em 2024, em Alagoas