Sem acordo: em audiência na Justiça Federal, Braskem diz que vai recorrer da inclusão de novas vítimas

Publicado em 13/12/2023, às 10h29
Assessoria/Divulgação -

TNH1

A audiência de conciliação com participação do Ministério Público Federal (MPF), da Defensoria Pública da União (DPU), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e da Braskem, foi realizada nessa terça-feira (12), na Justiça Federal em Alagoas, mas foi encerrada sem acordo. Segundo o MPF, a Braskem não apresentou proposta de avanço nas tratativas, assim como deixou de apresentar um cronograma para implementação imediata das medidas determinadas liminarmente, nos autos do processo.

LEIA TAMBÉM

Na audiência, a mineradora argumentou que tem discordâncias técnicas e que pretende recorrer da decisão que determinou a indenização dos imóveis das novas áreas abrangidas pelo Mapa de Linhas de Ações Prioritárias (mapa de risco), seja através do Programa de Compensação Financeira (PCF), seja pela desvalorização do imóvel.

O mapa atualizado tem a inclusão de imóveis em parte do Bom Parto, da rua Marquês de Abrantes e da Vila Saém, além de imóveis no bairro do Farol, todos como área de monitoramento, cuja realocação é opcional.

Diante do descumprimento da decisão liminar, as instituições decidiram peticionar ao juiz para que seja fixada multa para que a Braskem dê início à execução da determinação judicial o mais rápido possível. Para as instituições, a situação dos moradores do Bom Parto é de extrema vulnerabilidade social, sendo necessárias medidas imediatas em relação àquela população.

"Diante da inviabilidade de conciliação, as instituições  avaliam que o cenário de instabilidade política descortinado nos últimos dias tem reflexos na conduta da empresa, alterando sua atuação. Além disso, MPF e DPU preocupam com o fomento de insegurança jurídica propagado, o que pode trazer incertezas aos acordos já firmados e põe em risco todas as obrigações que a empresa assumiu e que vêm garantindo o monitoramento da área e as ações de estabilização das cavidades, entre tantas outras medidas de reparação e compensação ambiental e sociourbanisticas", mostra trecho do comunicado do MPF.

O TNH1 procurou a Braskem para saber se ela vai explanar sobre as discordâncias técnicas em relação ao que foi debatido com os órgãos. Leia o posicionamento abaixo:

"A Braskem segue dialogando com as autoridades e desenvolvendo ações com foco na segurança das pessoas e na implementação de medidas amplas para mitigar, compensar ou reparar impactos decorrentes da desocupação dos imóveis afetados. 

Em relação à atualização do Mapa de Ações Prioritárias, a região ocupada nos bairros é constantemente monitorada e não existem estudos técnicos que indiquem a necessidade de novas desocupações".

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Totem “Eu Amo Maceió” na Jatiúca é vandalizado e tem pedras furtadas Mais de 150 moradores em situação de rua participam de ceia de Natal no Centro de Maceió Véspera de Natal vai contar com parada natalina na orla de Maceió Fim de ano: confira os horários de shoppings e do Centro de Maceió