Secretário de instituto histórico diz que suspeito de furto foi filmado por câmeras: "Foi planejado"

Publicado em 09/05/2022, às 12h45
Suspeito foi filmado por câmera do IHGAL | Reprodução -

TNH1 com TV Pajuçara

Um crime contra o patrimônio de Alagoas. O museu do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL), situado na Rua do Sol, no Centro de Maceió, foi alvo de criminosos na madrugada desta segunda-feira, 09, e a equipe responsável pelo local ainda faz levantamentos para saber a dimensão do furto e do valor histórico dos objetos levados.

LEIA TAMBÉM

O professor e historiador Álvaro Queiroz, secretário perpétuo do instituto, disse, em entrevista ao programa Fique Alerta, da TV Pajuçara/Record TV, que acredita que o crime foi planejado. Ele afirmou também que as câmeras de segurança conseguiram captar a imagem de um dos indivíduos envolvidos no furto. As imagens serão cedidas à Polícia Civil para a investigação.

“Foi um roubo premeditado, calculado e planejado. As imagens mostram um dos assaltantes... A gente acredita que é uma quadrilha, pois não é apenas uma pessoa. Esse que aparece nas câmeras, com certeza, será identificado pela polícia. E, nós também acionamos a Polícia Federal, porque se trata de um crime contra patrimônio público federal, o patrimônio da nação", destacou Queiroz.

"Foram roubados objetos que pertenceram ao exército brasileiro, na guerra do Paraguai, no século XIX. Levaram a espada de Marechal Deodoro e também a espada de Floriano Peixoto, que são dois heróis nacionais e dois alagoanos. Além de armas e outros itens, todos esses eram patrimônios da nação. Isso foi uma agressão ao patrimônio público brasileiro e, naturalmente, existem leis para isso e nós já entramos com um requerimento na Polícia Federal", acrescentou o secretário.

Álvaro Queiroz também contou que aguarda a perícia da Polícia Civil, que deve ser realizada ainda nesta segunda. "O instituto é conhecido como a Casa de Alagoas, aqui está a memória e a história do povo alagoano”, destacou.

A equipe do museu segue empenhada em fazer a revisão em todas as prateleiras para levantar a quantidade de objetos levados.

O arrombamento e o furto - A reportagem do TNH1 apurou que os criminosos usaram uma barra de ferro para arrombar a porta dos fundos, pelo térreo. Eles conseguiram entrar também na sala da diretoria e subtraíram um computador. Os bandidos adentraram nessa área do prédio pela janela e deixaram marcas de sujeira nas paredes e no piso. Uma mochila rosa, que seria de um dos bandidos, foi deixada para trás.

Uma das pessoas que fazia o levantamento do que foi levado disse que aproximadamente 80 peças não foram encontradas no museu após a ação criminosa, a exemplo de espadas históricas, usadas em guerra. Medalhas de bronze, espadas e armas que pertenciam aos marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, ex-presidentes da República, também foram furtadas.

Funcionários perceberam o crime - Uma funcionária que preferiu não ser identificada informou ao TNH1 que os trabalhadores perceberam o crime, que teria acontecido na madrugada, ao chegar para o expediente na manhã desta segunda-feira, 09.

A funcionária informou que o prédio conta com equipe de segurança e câmeras de monitoramento, cujo as imagens serão enviadas à polícia. Os alarmes teriam sido disparados depois da invasão.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Sesau orienta como prevenir doenças mais comuns durante verão Governo de Alagoas antecipa pagamento de 13º salário para servidores públicos e pensionistas Vídeo falso de onças em Alagoas circula nas redes sociais; entenda Médica alagoana que morreu em incêndio na Tailândia será sepultada nesta sexta-feira (10)