Secretaria de Saúde investiga três mortes que podem ter sido causadas por dengue em Maceió

Publicado em 30/04/2024, às 14h56
Secom Maceió -

João Victor Souza

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) investiga três mortes que podem ter sido causadas por dengue, em Maceió. A informação foi confirmada pelo órgão nesta terça-feira (30).O sexo, a idade e os bairros onde as vítimas residiam não foram divulgados.

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Em contato com o TNH1, a SMS destacou que cinco mortes ficaram sob observação no município, mas em duas delas foi descartada a relação com a doença. As outras três continuam no aguardo do resultado da análise.

Até o dia 29 de abril, 1.884 casos prováveis de dengue foram contabilizados na capital alagoana, enquanto 1.764 já foram confirmados. Em comparação com o ano de 2023, quando foram confirmados 740 casos da doença durante o mesmo período, houve aumento de 138,38%.

A SMS reforçou ainda que a análise por Distrito Sanitário até a 17ª Semana Epidemiológica demonstra o 6º Distrito Sanitário com a maior incidência por 100 mil habitantes. Nele, estão todo o bairro do Benedito Bentes e conjuntos ao redor. Já entre os bairros de todos os distritos, os que têm maior incidências são Benedito Bentes (407,94/100 mil hab.), Pontal da Barra (381,24/100 mil hab.) e Jacarecica (308,44 casos /100mil hab).

Casos em Alagoas - Três pessoas morreram em decorrência da dengue no estado de Alagoas. O primeiro óbito foi registrado no dia 26 de março, em Atalaia. A vítima foi identificada como João Leonardo Isidoro de Almeida Lau, de 19 anos, que era atleta profissional de futebol. Já a segunda morte foi confirmada no dia 9 de abril. A vítima, uma mulher que não teve a identidade, era moradora do município de Viçosa, na Zona da Mata alagoana. A terceira pessoa, também uma mulher, residia em Porto de Pedras, no Litoral Norte do Estado. 

O Ministério da Saúde divulgou nessa segunda (29) que quatro mortes estão sob investigação em Alagoas, mas incluía apenas uma delas para a capital. A Secretaria de Estado de Saúde deve atualizar os números com o novo boletim epidemiológico nesta terça (30). Até a semana passada, 3.756 casos foram confirmados de janeiro até abril de 2024 (3.683 encerrados como dengue, 66 como dengue com sinais de alarme e 7 como dengue grave).

O último boletim também registrou que, em relação ao número de casos notificados, entre confirmados, suspeitos e descartados, houve um crescimento considerável. Em sete dias, de 16 a 23 de abril, o total de 5.631 casos saltou para 6.804, ou seja, 1.173 casos a mais sendo observados no estado. Se for comparado com o mesmo período do ano, em 2023, houve um aumento de 195,8%.

Vacinação - Alagoas começou a distribuir as mais de 22 mil doses das vacinas contra a dengue na última segunda (29). O imunizante Qdenga chegou na sexta-feira passada e ficou armazenado na sede do Programa Nacional de Imunização em Alagoas (PNI/AL), em Maceió. Doze municípios da I Região da Saúde ficaram de receber as vacinas. No total, o estado receberá 88.694 doses. Neste primeiro lote, 22.180 foram disponibilizados para Alagoas.

O público-alvo são crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, que concentram a maior proporção de hospitalizações por dengue, conforme o Ministério da Saúde. O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Maceió irá receber 65.327 doses da vacina; Rio Largo, 7.670; Marechal Deodoro, 4.710; Coqueiro Seco, 462; Santa Luzia do Norte, 509; Satuba, 1.821; Barra de São Miguel, 603; Pilar, 3.017; Messias, 1.312; Flexeiras, 808; Paripueira, 1.087; e Barra de Santo Antônio, 1.368. O cronograma para aplicação ainda não foi divulgado.

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