Secom Maceió
Durante o mês de conscientização sobre a Doença de Chagas, que ocorre anualmente em abril, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alerta a população sobre os riscos da doença e as principais ações realizadas para a prevenção, controle e tratamento da enfermidade.
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A Doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, endêmica em grande parte da América Latina, incluindo o Brasil. A técnica da Coordenação de Vigilância das Doenças e Agravos Transmissíveis e Transmissíveis da SMS, Katherine Emery, ressaltou a importância do diagnóstico precoce.
“A doença de Chagas é uma doença negligenciada que ainda existe e tende a afetar a população mais vulnerável socioeconomicamente. É importante que os profissionais de saúde estejam sensíveis e capacitados para acolher, diagnosticar, tratar e acompanhar esses pacientes e, dessa forma, impactar na melhoria da qualidade de vida deles e de seus familiares, bem como, no controle da doença", explicou.
Para a técnica, a conscientização sobre a enfermidade é fundamental para prevenir a propagação. Estima-se que mais de 90% dos infectados desconhecem a situação por falta de oportunidade de diagnóstico.
A profissional pontou que entre os principais sintomas da doença estão febre, fraqueza, mal-estar, inchaço no rosto e pernas, lesão semelhante a um furúnculo no local da picada, entre outros. Se não for tratada, a doença pode progredir para a fase crônica, que pode acarretar problemas digestivos, cardíacos e cardiodigestivos.
O trabalho organizado pela SMS no controle da doença inclui o monitoramento e investigação dos locais de incidência, notificação e investigação de casos humanos, assistência para acompanhamento e tratamento dos doentes.
Em relação às ações de educação para saúde, no período entre fevereiro e abril de 2024, foram realizadas 37 visitas técnicas às unidades de saúde para orientar e atualizar profissionais sobre a doença e, desta forma, melhorar o diagnóstico, manejo clínico, bem como a vigilância epidemiológica através da notificação e encerramento dos casos em tempo oportuno.
Tanto o acompanhamento como os medicamentos para a doença são assegurados de forma gratuita pelo SUS para a população.
Katherine Emery orientou sobre a prevenção, formas de transmissão da doença, atendimento e o que fazer caso alguém encontre o barbeiro.
Formas de transmissão
A doença tem diversas formas de transmissão, pode ser vetorial (contato com as fezes do barbeiro infectado após a picada), oral (ingestão de alimentos contaminados), vertical (durante a gestação ou parto), acidental (contato na pele ferida com material contaminado), transfusão de sangue ou transplante de órgãos que estejam contaminados.
Prevenção
A prevenção da doença de Chagas está centrada na redução do contato com o inseto e nas medidas de controle adequadas, tais como vedação de rachaduras nas paredes e tetos para evitar a entrada de insetos, usar telas nas janelas e portas, usar repelentes e mosquitos e evitar o acúmulo de materiais e entulhos nas residências.
Onde buscar atendimento?
As pessoas com suspeita da doença devem procurar atendimento nas unidades básicas de saúde para avaliação, realização de exames, acompanhamento e tratamento, pois o diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações graves. O tratamento está disponível na rede pública e é mais eficaz quando iniciado precocemente.
Ao perceber algum sintoma ou ter se exposto a alguma situação de risco para a doença, procure a unidade de saúde mais próxima da sua casa.
O município de Maceió também conta com dois serviços de referência (Hospital Universitário Professor Alberto Antunes-HUPAA e Bloco A no PAM Salgadinho) para os casos com complicação ou que necessitam de avaliação/tratamento especializados.
O que fazer caso encontre um Triatomíneo (Barbeiro)
A orientação é não esmagar, apertar ou danificar o inseto, mas proteger a mão com luva ou saco plástico.
Após a captura, o inseto deve ser colocado em um recipiente plástico com tampa e, preferencialmente, vivo para que possa ser devidamente analisado. É importante que os barbeiros coletados em diferentes ambientes sejam separados por rótulos e encaminhados para algum Posto de Informação de Triatomíneos (PIT).
Na impossibilidade de encaminhar a um PIT, ligar para o disque denúncia (82) 3312-5495, que será feito o recolhimento do inseto e serão realizadas as devidas orientações e encaminhamentos necessários.
Os links abaixo trazem mais informações sobre doença:
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