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O culto aos Voduns, que são as divindades Jejes citadas no enredo da campeã do carnaval Viradouro, nasceu no antigo Dahomé, atual Republica do Benin, através do rei Hamilé, que se transformava em serpente, e que, ao morrer, foi divinizado pelo seu povo. A terra desse rei ficou conhecida como terra de Dan, daí ficou "Dan Imé" ou "Dahomé", ou seja, aquele que morreu na Terra da Serpente.
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O trono desse rei era sustentado por serpentes de cobre cujas cabeças formavam os pés que iam até a terra. Esse seria um dos significados encontrados: Dan = “serpente sagrada” e Homé = “a terra de Dan”, ou seja, Dahomé = “a terra da serpente sagrada”.
Os segredos desse culto, eram guardados por sacerdotisas que eram mulheres guerreiras, que também guardavam as terras do Palácio de Hamilé.
Uma das descendentes dessas guerreias foi Ludovina Pessoa, fundadora do culto aos Voduns na Bahia como os Terreiros ƙwé Séja Ɦʊ̀ɲɗe, em Cachoeira, e Zoogodô Bogum Malê Rundó, em Salvador.
O culto a Gbèsèn - O culto aos Voduns são divididos em famílias, mas o Vodun principal é Gbèsèn. Seu nome original é Ʋòɖʊ́ɲ AíɗǎɲꞪwɛ́ɗó ou ɲyǐ alɛ (a serpente arco-íris divino). Seu símbolo máximo Dan (a serpente sagrada) foi levada para cidade yorubá Ọ̀yọ́, que era dominada por Ṣàngó. Lá, por ser ligado ao arco-íris e a chuva, Gbèsèn passou a ser chamado de Òṣùmàrè (o arco-íris sagrado).
O dia de culto a Gbèsèn é a segunda-feira, junto com Sakpata e Nàná.
Ele gosta como oferenda do Agbadé wèwé vǐvǐ (milho branco adoçado).
Suas cores são o branco e amarelo, que simbolizam dignidade e atraem entendimento.
Saudação: Aɦò bòbòy!
Invocação: Míkpá Vodun Dangbé! (Salve a grande serpente da vida!)
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