Quem tem ou teve carro certamente já ouviu falar do rodízio de pneus, método muito comum, indicado por mecânicos profissionais para garantir maior durabilidade para os pneus e segurança na rodagem.
Embora pareça um procedimento simples, bastando trocar pneus de uma posição para a outra sem maiores preocupações, existe, sim, uma lógica envolvida que deve ser observada. Na verdade, o rodízio de pneus deve considerar as características não só dos pneus, como a do veículo em que eles serão trocados de posição.
Os três elementos que contam ao fazer o rodízio de pneus
Não se engane: para fazer o rodízio de pneus do jeito certo você precisará considerar três características dos pneus e do veículo. São elas:
- Modelo – radial ou diagonal;
- Tipo – simétrico, assimétrico ou unidirecional;
- Tração do veículo – dianteira, traseira ou tração nas quatro rodas.
De forma resumida, vamos entender o que são cada uma dessas características.
Pneus radiais são aqueles construídos com o interior com malhas perpendiculares em relação ao plano de rodagem. Essas malhas se localizam logo abaixo da superfície emborrachada do pneu e são compostas por cordonéis, que nos radiais são feitos de aço.
Já os pneus radiais têm as malhas em seu interior dispostas umas sobre as outras em sentido enviesado, ou seja, em diagonal. São confeccionadas em nylon ou algum material têxtil.
Os pneus radiais são, portanto, mais resistentes e duráveis se comparados com os diagonais.
Já a classificação por tipo considera o pneu em relação ao sentido de rodagem e como pode ser montado com a roda. Pneus simétricos são aqueles que não têm especificado em sua lateral o sentido para o qual devem rodar, ao contrário dos unidirecionais, que só devem ser instalados observando sempre o sentido de rodagem, indicado por uma seta em sua lateral.
No caso dos pneus assimétricos, sua identificação é feita pelas inscrições inside/outside em sua lateral. São indicados para tráfego em pista molhada e para longos trajetos.
Por fim, a tração do veículo corresponde ao eixo onde o motor gera mais força. Quando é traseira, significa que o torque maior é aplicado no eixo de trás, na dianteira a força é à frente e nas 4 rodas significa que a tração é integral, ou seja, ambos os eixos contam com tração independente.
Como fazer o rodízio entre os diversos tipos e modelos de pneus
Os pneus unidirecionais são os que oferecem menos possibilidades de troca na hora de fazer o rodízio de pneus. Eles só podem ser trocados de eixo, devendo ser mantidos no mesmo lado em que estavam. No caso dos pneus simétricos e assimétricos, além do eixo, podem ser trocados os lados, independentemente da tração do veículo.
Um detalhe que passa despercebido por boa parte dos motoristas é que o estepe também precisa ser incluído no rodízio de pneus. Tudo porque o objetivo do rodízio é fazer com que os pneus se desgastem de maneira equivalente. Tal uniformização visa manter o mesmo padrão de desempenho no que diz respeito à direção e à frenagem.
Mas atenção: se os pneus forem ao mesmo tempo assimétricos e unidirecionais, prevalece o esquema para pneus unidirecionais, ou seja, trocam apenas de eixo, não de lado.
Fazer alinhamento e balanceamento é fundamental
O rodízio de pneus é recomendável a cada 5 mil km rodados, embora haja fabricantes que recomendem o intervalo de 10 mil km para a realização do rodízio.
O estepe pode começar a ser utilizado também a partir de 10 mil km rodados, o que aumenta a vida útil dos outros pneus em até um quinto além do normal, embora também exista uma minoria de fabricantes que são contrários ao procedimento.
O que não deixa margem para discussões é a necessidade de se fazer alinhamento das rodas e balanceamento após o rodízio de pneus. Assim, fica garantida a rodagem perfeita, aumentando o conforto e a segurança, assim como a perfeita sincronização dos pneus na nova disposição.