Redação
Um valor suficiente para pagar o Bolsa Família a 500 beneficiários foi desviado por pelo menos 20 pessoas que não tinham direito ao auxílio, mas foram incluídos na lista do programa federal por meio de fraudes com a participação de servidores públicos do Município de Campo Grande, Agreste de Alagoas.
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Assim o esquema funcionava, segundo descobriu a investigação da Polícia Federal, iniciada há dois anos, e que hoje resultou na Operação Garabulha, com cumprimento de seis mandados de busca e apreensão da 12ª Vara Federal. Um secretário municipal suspeito de participar do crime foi afastado da função por determinação da Justiça.
De acordo com o delegado de combate ao crime organizado, Agnaldo Mendonça Alves, as fraudes ocorriam de duas formas. Em uma delas, pessoas eram incluídas nas famílias para que o valor do benefício fosse maior do que o devido.
A outra forma era por meio da inclusão de terceiros no programa. Essas pessoas nem sabiam que eram beneficiárias porque o dinheiro era recebido por outros, segundo explicou o delegado.
“Alguns beneficiários chegaram a receber cerca de 8 mil reais por ano. Somando isso por várias pessoas, dá um montante bem grande. A Polícia Federal ainda está apurando o prejuízo causado”, disse.
Os mandados foram cumpridos nas cidades de Campo Grande e Arapiraca, em cinco residências e um órgão público. Foram apreendidos cartões do Bolsa Família, um veículo e R$ 17.900.
O TNH1 tentou falar com a Prefeitura de Campo Grande, mas o telefone indicado no site oficial do Município não funciona. A reportagem também entrou em contato com a Associação dos Municípios Alagoanos, mas não conseguiu outro número para contato.
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