Protesto mobiliza moradores de Bebedouro e motoristas enfrentam engarrafamento na região

Publicado em 26/10/2020, às 08h51
Foto: Cortesia ao TNH1 -

TNH1

Moradores do bairro de Bebedouro e adjacências se concentraram na Praça Lucena Maranhão, na manhã desta segunda-feira, 26, para protestar por celeridade nas indenizações da Braskem e por inclusão de novos imóveis no Mapa de Setorização de Danos da Defesa Civil Municipal. O ato deixou o trânsito lento na região no início da manhã.

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Segundo a organização do protesto, as pautas que são reivindicadas são: a conclusão dos estudos de solo e inclusão imediata dos moradores do Flexal de Cima e Flexal de Baixo no mapa de risco; agilidade no fluxo de compensação financeira aos moradores de Bebedouro; e indenização imediata aos comerciantes que estão na iminência de falência generalizada. 

Procurada, a Braskem informou que está em contato direto com lideranças comunitárias e que ja pagou R$ 200 milhões em auxílio para moradores da região. Confira a nota na íntegra.

Desde o último mês de dezembro, proprietários, inquilinos e comerciantes com imóveis localizados no mapa de desocupação definido pela Defesa Civil de Maceió são atendidos no Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF), fruto de um acordo firmado entre ministérios públicos Federal e Estadual, defensorias públicas da União e de Alagoas, e a Braskem. Esse mês o PCF alcançou a marca de 2 mil propostas apresentadas aos moradores, com mais de 1.800 delas já aceitas e as demais, em análise pelas famílias. Apenas 3 propostas foram recusadas. A cada mês, o PCF está conseguindo somar mais 450 propostas apresentadas aos moradores. Até o momento, o Programa já pagou mais de R$ 200 milhões entre auxílios financeiros e compensações financeiras aos moradores dos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto. A evolução desses números é acompanhada de perto pelas autoridades. Paralelo a isso, a Braskem segue realizando estudos para o entendimento das causas do fenômeno geológico que vem atingindo os bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto. Todos os dados coletados são avaliados periodicamente e compartilhados com as autoridades públicas responsáveis.
A empresa também está em contato direto e permanente com as lideranças comunitárias dos quatro bairros afetados pelo fenômeno geológico, com quem todas as informações são compartilhadas. A Braskem respeita o direito de manifestação pacífica e reitera que sua prioridade é garantir a segurança e o bem-estar dos moradores dos bairros.

Já a Coordenadoria Especial Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) informou que o Mapa de Setorização de Danos e de Linhas de Ações Prioritárias é construído junto com a Defesa Civil Nacional e apoio técnico do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), atendendo recomendações e critérios técnicos, baseado nos dados de monitoramento e estudos do problema. Novas atualizações podem ser feitas à medida que outras evidências de evolução do processo de subsidência venham a surgir.

Quanto à inclusão de novas áreas no Mapa de Setorização de Danos, a Defesa Civil esclarece que o procedimento requer estudos - junto com o Serviço Geológico do Brasil e Defesa Civil Nacional - para classificar, através de evidências, se o problema registrado na área estudada tem relação com a subsidência que afeta os bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto.



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