Professores da Ufal mantêm greve após 100 dias de paralisação nacional

Publicado em 09/09/2015, às 17h32
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Redação

Professores da Ufal matêm a greve após 100 dias de paralização (Crédito: Arquivo TNH1)

Os professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) decidiram, na manhã desta quarta-feira, 09, a manutenção da greve da categoria. Os servidores reclamam que o Governo Federal não tem negociado com o movimento de forma satisfatória. A paralisação já dura pouco mais de 100 dias (três meses) e tem mobilizado 34 universidades em todo o Brasil.

Reunidos em assembleia geral, os docentes discutiram as pautas de reajuste salarial, melhorias nas condições de trabalho e da educação superior. Mesmo com quórum suficiente, os professores não definiram uma data para o fim da greve.

De acordo com o Comando Local de Greve dos Docentes, o governo propôs um reajuste de 21% dividido em quatro anos. Pela proposta, o primeiro pagamento seria realizado a partir do ano de 2016. Na avaliação do movimento, a proposta não cobre a inflação do período e não prevê o andamento das outras pautas da greve.

“Na verdade, o governo está exigindo que os professores assinem um acordo de quatro anos. Isso iria travar os movimentos em um cenário incerto de crise, pois não sabemos o que irá acontecer com a economia nesse período”, disse Tiago Zurck, professor do Centro de Educação (Cedu) e integrante do comando local de greve.

Negociações

Para o professor Tiago Zurck, o principal problema enfrentado durante a greve é a ausência do ministro da educação, Renato Janine, nas mesas de negociações. Janine seria o primeiro ministro a não participar dos diálogos desde a redemocratização, em 1985.

“O movimento nacional ainda não conseguiu diálogo com o governo. O que houve, até agora, foram apenas algumas reuniões sem a presença do ministro”, disse.

Outras pautas

Além do reajuste salarial, a greve dos docentes está pedindo a valorização dos servidores, reestruturação da carreira docente, mais concursos públicos e o fim dos cortes orçamentários na educação.

“A greve é um instrumento desagradável, mas muito disso seria evitado se houvesse a regulamentação da Data Base, para correção salarial segundo a inflação. Mais que a greve, o que mais prejudica é o sucateamento que a educação está sofrendo”, concluiu o docente.

*Estagiário sob supervisão da editoria


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